Lula determina abertura de processo para expulsar servidor que agrediu mulher e criança no DF
26 dezembro 2025 às 10h00

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou nesta quinta-feira, 25, a abertura de processo interno na Controladoria-Geral da União (CGU) para apurar a conduta de um servidor do órgão flagrado agredindo uma mulher e uma criança no Distrito Federal. As imagens da agressão circularam nas redes sociais e geraram ampla repercussão.
Em publicação nas redes, Lula afirmou que a medida busca a responsabilização e a expulsão do servidor do serviço público federal. O presidente classificou o episódio como uma agressão covarde e disse que o enfrentamento à violência contra mulheres é prioridade do governo, exigindo resposta firme do poder público.
Segundo Lula, não haverá tolerância com agressores, independentemente do cargo que ocupem. Ele afirmou que servidores públicos devem ser exemplo de conduta dentro e fora do ambiente de trabalho e que o Estado não pode fechar os olhos diante de casos de violência contra mulheres e crianças.
Nas últimas semanas, o presidente tem intensificado o discurso contra o feminicídio e a violência de gênero. Na quarta-feira, 24, em pronunciamento em rede nacional de rádio e televisão, afirmou que o tema será uma das prioridades do governo em 2026 e defendeu o engajamento de toda a sociedade, especialmente dos homens, no enfrentamento do problema.
A CGU informou que já adotou providências administrativas contra o servidor, com a abertura de investigação preliminar para apuração de responsabilidades éticas e disciplinares. O órgão também determinou o afastamento do servidor de funções de chefia e proibiu seu ingresso nos prédios da Controladoria enquanto as apurações estiverem em andamento, como forma de preservar o ambiente institucional.
De acordo com a CGU, os fatos divulgados indicam violação grave aos deveres funcionais previstos na legislação que rege o funcionalismo público, que exige conduta compatível com a moralidade administrativa. Em nota, o ministro da CGU, Vinícius de Carvalho, afirmou que violência contra mulheres e crianças é crime e não pode ser tratada como conflito privado ou questão pessoal, destacando que os fatos devem ser apurados também na esfera criminal pelas autoridades competentes.
