Mais de 42 mil vivem em áreas de ocupação precária no Tocantins, revela Censo do IBGE
09 novembro 2024 às 16h24
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Dados do Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados nesta sexta-feira, 8, mostram que 42.322 pessoas vivem em favelas ou comunidades urbanas no Tocantins, distribuídas em 39 localidades de seis municípios. O levantamento registrou 16.811 domicílios nessas áreas.
Palmas lidera em número de moradores em condições precárias, com 22 comunidades onde vivem 29.944 pessoas, representando 9,3% da população total de 323.625 estimada para 2024. Em segundo lugar, Araguaína possui 9.680 habitantes em 12 comunidades, seguida de Gurupi, com 1.152 pessoas em duas localidades. Já Xambioá, Pedro Afonso e Goiatins têm uma comunidade urbana cada, com populações de 664, 600 e 282 habitantes, respectivamente.
O setor Jardim Taquari, em Palmas, registrou a maior concentração populacional, com 10.889 pessoas, seguido das áreas ‘Irmã Dulce’, também em Palmas, com 3.884 moradores, e ‘Monte Sinai’, em Araguaína, com 3.439. As comunidades menores incluem ‘Garavelo’ em Araguaína, com 180 habitantes, e duas áreas em Palmas com menos de 150 moradores.
O estudo apontou a existência de 2.941 estabelecimentos em favelas ou comunidades urbanas no Tocantins, incluindo apenas quatro unidades de saúde e dez de ensino, além de 217 estabelecimentos religiosos. O IBGE considera como favelas e comunidades urbanas áreas com insegurança jurídica da posse, acesso limitado ou precário a serviços públicos e urbanização irregular em zonas de risco ou ambientalmente sensíveis.