Mesmo com alta nos afogamentos em 2025, Tocantins zera mortes em praias oficiais no mês de julho
Júlia Carvalho
07 agosto 2025 às 11h25
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O Tocantins registrou 48 mortes por afogamento entre janeiro e julho de 2025, um aumento de 41% em relação ao mesmo período de 2024, quando houve 34 ocorrências fatais. Os dados constam nos boletins do Corpo de Bombeiros Militar e da Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO)
A principal mudança está em julho, tradicionalmente o mês com maior fluxo de banhistas por conta da temporada de praias. Em 2024, foram 11 afogamentos. Em 2025, o número ficou em 10, porém nenhuma das mortes aconteceu em praias oficiais.
Segundo o tenente-coronel Antonio Luiz Soares da Silva, essa diferença se deve à estrutura de segurança instalada nas praias licenciadas pelo Corpo de Bombeiros.
”As praias oficiais são aquelas que recebem autorização dos bombeiros para funcionamento, e hoje temos 80 em todo o estado. Durante o mês de julho, centenas de milhares de pessoas buscam lazer nessas áreas. Nenhuma morte foi registrada nelas”, afirmou o oficial.
“Acreditamos que essa realidade se deve à estrutura de mitigação de riscos que tem sido implementada pelos gestores das praias, com guarda-vidas militares e civis, placas de orientação, bandeiras de sinalização e sistema de áudio com alertas aos banhistas”, explicou.
Comparativo de afogamentos fatais – janeiro a julho
| Mês | 2024 | 2025 |
|---|---|---|
| Janeiro | 3 | 4 |
| Fevereiro | 4 | 6 |
| Março | 3 | 8 |
| Abril | 5 | 7 |
| Maio | 5 | 6 |
| Junho | 3 | 7 |
| Julho | 11 | 10 |
| Total | 34 | 48 |
Fonte: CBMTO/SES-TO
A maior parte dos afogamentos em 2025 aconteceu em rios (30%) e em locais com presença de correnteza (37%). Além disso, os dados mostram que:
- 92% das vítimas eram homens;
- 47% estavam alcoolizados;
- 74% sabiam nadar;
- Nenhuma das mortes ocorreu em locais com guarda-vidas presentes.
Outro alerta vem do perfil das vítimas: 24% eram crianças com menos de 12 anos, e 26% apresentavam transtornos mentais. Houve ainda aumento nas ocorrências com embarcados (17%) e em acampamentos (15%).
Para o Corpo de Bombeiros, os dados de julho evidenciam a importância da escolha por praias oficiais e da adoção de comportamentos seguros.
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