Uma nota do grupo Pipes, responsável por balsas que prestam serviços de travessia no rio Tocantins em Porto Nacional, confirmou nesta sexta-feira, 23, a morte de uma das vítimas do acidente envolvendo duas balsas da empresa no último dia 15. O nome da vítima é Marcela de Jesus Santos da Silva.

Logo depois do acidente, ao ser atendida ainda em Porto Nacional, Marcela teve as duas pernas amputadas. Ela tinha sofrido amputação das duas pernas e morreu em um hospital particular em Palmas. A informação da morte foi divulgada pela empresa em uma nota nas redes sociais.

“Mantendo nosso compromisso com a verdade, informamos com muita tristeza que, infelizmente, a Srta. Marcela de Jesus Santos da Silva, vítima do acidente ocorrido em Porto Nacional, faleceu nesta manhã”, diz trecho do comunicado da Pipes.

O acidente entre as balsas aconteceu na quinta-feira (15) quando duas embarcações faziam a travessia do rio com vários veículos e pessoas. Depois da batida cinco pessoas tiveram ferimentos graves e foram levadas para hospitais públicos. Até a última quarta-feira (21), duas seguiam internadas.

Marcela de Jesus, que tinha estado de saúde mais grave, estava no Hospital Geral de Palmas (HGP), mas foi transferida no mesmo dia para um hospital particular em Palmas.

“Estamos em contato direto com o pai da vítima, assim como com a equipe médica, para tratar todas as questões relativas a translado do corpo e despesas com funeral, além do que mais for necessário para o apoio da família”, diz a nota da Pipes.

Apuração

A Polícia Civil do Estado do Tocantins e a Marinha do Brasil, através da Capitania Fluvial do Araguaia-Tocantins, abriram procedimentos para investigar as causas do acidente e também as responsabilidades.

De acordo com informações da Secretaria de Segurança Publica (SSP), além da investigação relacionada às vítimas de lesões corporais, vai abrir um novo inquérito referente à morte de Marcela de Jesus, por homicídio culposo. “Nesse caso, a 70ª Delegacia de Polícia de Porto Nacional já solicitou o laudo do Instituto Médico Legal para juntar ao procedimento”, disse a SSP.

No caso da apuração da Marinha, se trata de um Inquérito Administrativo sobre Acidentes e Fatos da Navegação (IAFN), a fim de apurar as causas, consequências e possíveis responsáveis pelo acidente.
Essa investigação está em fase de coleta de provas pericial, documental e testemunhal. O prazo é de 90 dias, mas pode ser prorrogado.

Memória

Imagens publicadas nas redes sociais mostram uma das balsas pouco depois do acidente. Vítimas e testemunhas contaram que não houve tempo de correr e foram atingidas pelas ferragens.
O serviço da balsa é essencial na região e voltou a funcionar no mesmo dia, depois que as embarcações foram periciadas e liberadas.

O trecho do rio Tocantins em Porto Nacional tem uma ponte antiga, que atualmente está com o trânsito liberado apenas para carros de passeio. Uma nova ponte está sendo construída no local.
Essa nova estrutura foi contratada pelo governo do estado em maio de 2015, mas as obras só começaram em setembro de 2019. A entrega estava prevista para maio de 2023, mas acabou sendo adiada para julho de 2024. (Com informações do G1)