O Ministério Público do Tocantins (MPTO) apresentou uma petição judicial na Vara da Saúde de Palmas, nesta quarta-feira, 15, relatando sérios problemas nos serviços de neurologia do Hospital Geral de Palmas (HGP). A instituição requer que o Estado elabore um plano estratégico, com ações estruturais e emergenciais, para assistir os pacientes.

A promotora de Justiça Araína Cesárea, responsável pela defesa da saúde em Palmas, foi quem solicitou as providências. O HGP é o maior centro de neurocirurgia do Estado, com um alto número de demandas devido, principalmente, aos acidentes de trânsito.

O MPTO relata que os serviços de neurologia estão sobrecarregados, devido a problemas estruturais, falta de equipamentos e materiais específicos para neurologia, além da escassez de leitos de UTI pós-operatórios. Esses problemas, conforme o MP, têm causado o adiamento ou cancelamento frequente das cirurgias neurológicas.

Conforme informações da Coordenação de Neurologia do HGP fornecidas ao MP, o setor não consegue operar nem mesmo os pacientes internados, muito menos aqueles que aguardam em casa. No dia em que as informações foram coletadas pelo MP, 28 pacientes internados aguardavam cirurgia, e outros 237 estavam na lista de espera.

O Jornal Opção Tocantins solicitou um posicionamento sobre o caso ao Estado que informou que os serviços de neurologia estão regulares nos hospitais regionais de Gurupi (HRG) e Araguaína (HRA) e no Hospital Geral de Palmas (HGP), onde há inclusive, uma Unidade de Cuidados Agudos do AVC, a qual recebeu, em 2023, o Selo Internacional Angels, pelo atendimento de excelência aos pacientes.

“A pasta destaca que possui contratos e processos de licitações de medicamentos, insumos e equipamentos, abertos, os quais suprem as demandas na referida especialidade e não há desassistência à população. Aliado a isso, encontra-se aberto, chamamento, para contratação de especialistas em neurologia, a fim de suprir as escalas de plantão, em Gurupi, com o objetivo de ampliar os atendimentos”, diz a nota.