MPTO denuncia professor de música por enganar alunas com suposto tratamento vocal à base de sêmen

O Ministério Público do Tocantins (MPTO) denunciou um professor de música,  Hallan Richard Morais da Cruz, 26 anos, pela prática de crime de violação sexual mediante fraude. A acusação foi apresentada pela 2ª Promotoria de Justiça de Porto Nacional no último dia 20 e recebida pela Justiça em 26 de maio. De acordo com a denúncia, o réu induziu seis mulheres a ingerir sêmen sob a justificativa de que se tratava de um composto destinado a melhorar a voz e o desempenho nas aulas de canto.

O professor responde por 11 ocorrências consumadas do mesmo crime e uma tentativa. Conforme relatado pelo MPTO, a maioria das vítimas foi conhecida em uma igreja localizada no distrito de Luzimangues, onde o investigado atuava como integrante da banda musical. Ele teria se aproveitado do vínculo de confiança estabelecido no contexto de sua função como professor para cometer os atos denunciados.

A apuração revela que, durante os episódios, o professor colocava o líquido na boca das vítimas e utilizava o celular para filmar a ação. Segundo ele, o uso do aparelho tinha a finalidade de iluminar o procedimento e acompanhar a suposta eficácia do “tratamento vocal”.

Em uma das situações descritas na denúncia, uma das vítimas retornou para uma nova aula de canto, mas recusou-se a ingerir novamente o líquido após ter notado algo estranho na sessão anterior. No momento em que o professor lhe ofereceu a substância, a mulher solicitou que um amigo acionasse a polícia. Ela adiou a ingestão, o que possibilitou a chegada dos policiais ao local. O pote com o conteúdo foi apreendido e encaminhado para exame pericial.

O laudo técnico confirmou a presença de espermatozoides e do Antígeno Prostático Específico (PSA), substância típica de fluido seminal. Ao ser interrogado, o réu confessou os atos, declarando que a mistura era composta por soro fisiológico, gengibre e sêmen. Ele está atualmente preso preventivamente.

A denúncia foi formalizada pelo promotor de Justiça Célio Henrique Souza dos Santos, e o processo segue em tramitação na 2ª Vara Criminal de Porto Nacional.