Novo presidente do Itertins é nomeado após exoneração de ex-gestor durante Operação Máximus
11 setembro 2024 às 15h11
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O governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa (Republicanos), nomeou Ruivaldo Aires Fontoura como o novo presidente do Instituto de Terras do Estado do Tocantins (Itertins). A nomeação aconteceu após a exoneração de Robson Moura Figueiredo, ex-presidente do instituto, que é um dos investigados na Operação Maximus da Polícia Federal (PF), relacionada à venda de sentenças no judiciário do estado.
A nomeação de Fontoura foi publicada no Diário Oficial do Tocantins nesta terça-feira, 10. Ruivaldo, oficial de justiça avaliador, foi cedido pelo Tribunal de Justiça ao governo estadual, com seu mandato previsto para encerrar em 31 de dezembro de 2024. A decisão foi registrada no Diário da Justiça em 7 de novembro de 2023.
Robson Moura foi exonerado em 28 de agosto, e a procuradora-geral do estado, Irana de Sousa Coêlho Aguiar, assumiu interinamente a presidência do Itertins até a nomeação de Fontoura. Além disso, o governador exonerou o presidente do Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins), Renato Jayme, delegando suas funções a Edvan de Jesus Silva, diretor de proteção e qualidade ambiental do órgão.
A Operação Maximus também resultou na exoneração de outros servidores, como o procurador-geral do Estado e o superintendente do Procon Tocantins, com as decisões publicadas no Diário Oficial em 27 de agosto.
A operação investiga um suposto esquema de venda de sentenças no judiciário do Tocantins, que levou ao afastamento do desembargador Helvécio de Brito Maia Neto e do juiz José Maria Lima, ouvidor do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), conforme decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A investigação apura crimes como corrupção ativa, exploração de prestígio, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Foram cumpridos dois mandados de prisão preventiva e 60 mandados de busca e apreensão no Tocantins e em outros estados.
O STJ autorizou a operação em 23 de agosto, na qual Robson Moura Figueiredo foi citado como intermediador de um suposto esquema de compra de liberdade provisória de Bruno Teixeira da Cunha, condenado por assassinato.