Número de pessoas pagando aluguel cresce em Palmas pelo oitavo ano seguido

25 agosto 2025 às 10h49

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Pelo oitavo ano seguido, a capital tocantinense continua na frente entre as cidades brasileiras com maior proporção de moradores que pagam aluguel, conforme dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD). Em 2024, 44,9% dos domicílios em Palmas eram alugados, índice que mantém um crescimento desde 2016, quando estava em 31,0%. A capital é a única do país que ultrapassou 40% nessa categoria, marca alcançada ainda em 2022. A segunda colocada, Goiânia, registrou 38,9%, seis pontos percentuais abaixo de Palmas.
Apesar da alta nos imóveis alugados, a proporção de domicílios próprios quitados na capital caiu significativamente nos últimos anos, passando de 55,4% em 2016 para 39,7% em 2024. Já os imóveis próprios ainda em financiamento cresceram de 6,1% para 8,7% no período. Os domicílios cedidos somaram 6,8% do total na cidade.
No estado, o cenário é diferente. Entre os tocantinenses, 62,8% dos domicílios são próprios e quitados, 2,7% ainda estão sendo pagos, 23,8% são alugados e 10,3% são cedidos. O levantamento da PNAD também detalha o tipo de moradia: 520 mil eram casas, 21 mil apartamentos e 3 mil habitações em casas de cômodos, cortiços ou “cabeça de porco”.
Infraestrutura
A pesquisa também analisou a infraestrutura dos domicílios. No piso, 66,5% têm cerâmica, lajota ou pedra; 32,1% cimento; 0,4% madeira e 1,0% outros materiais. As paredes predominantes são de alvenaria ou taipa com revestimento (87,2%) e a cobertura majoritária usa telha sem laje de concreto (86,4%).
Quanto ao abastecimento de água, 85,4% dos tocantinenses têm acesso à rede de distribuição geral, com 94,8% na zona urbana e 22,3% na rural. Poços profundos ou artesianos atendem 7,7% da população, principalmente na área rural. A coleta diária de água está disponível para 94,9% dos domicílios, enquanto apenas 1,3% recebem água de uma a três vezes por semana.
O saneamento básico ainda apresenta desafios com apenas 36,7% das residências têm acesso à rede geral de esgoto, valor abaixo da média nacional, que é de 70,4%. Fossas sépticas não ligadas à rede representam 12% e outros tipos de disposição de esgoto somam 51,3%. A coleta de lixo direta por serviço de limpeza atende 85,4% dos domicílios, 8,8% queimam o lixo e 4,1% utilizam caçambas.
O Tocantins também apresenta características demográficas peculiares. Com 1,51 milhão de habitantes, o estado tem maior proporção de homens sobre mulheres no Brasil, 51,3% contra 48,7%, o que representa 105,5 homens para cada 100 mulheres. A população jovem entre 0 e 19 anos vem diminuindo, enquanto as faixas acima de 40 anos crescem.
A PNAD ainda registrou mudanças na autodeclaração de cor ou raça. O número de pessoas pretas no estado dobrou, passando de 7% em 2012 para 14,3% em 2024, enquanto brancos e pardos apresentaram queda. Palmas seguiu tendência similar, com 16,9% da população se declarando preta.
Entre os domicílios ocupados por uma única pessoa, 64,8% no estado eram de homens e 35,2% de mulheres. Na capital, a proporção foi de 57,1% homens e 42,9% mulheres. A faixa etária predominante nesses domicílios unipessoais é de 30 a 59 anos, seguida por idosos com 60 anos ou mais e jovens de 15 a 29 anos.