Após greve de trabalhadores, ministro Renan Filho volta a dizer que nova Ponte JK será entregue em dezembro
Júlia Carvalho
07 agosto 2025 às 07h38
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Em meio à paralisação dos trabalhadores da obra da nova Ponte Juscelino Kubitschek (JK), que pedem melhores condições de trabalho, autoridades do Tocantins se reuniram nesta quarta-feira, 6, em Brasília, com o ministro dos Transportes, Renan Filho. A construção da ponte, que liga Aguiarnópolis (TO) a Estreito (MA), é de responsabilidade do Governo Federal e está prevista para ser concluída até dezembro de 2025.
A reunião contou com a presença do governador Wanderlei Barbosa, além de deputados federais, estaduais e secretários do estado. Na ocasião, também foram discutidos os impactos provocados pela queda da antiga estrutura, em dezembro de 2024, e a necessidade de investimentos para recuperação das rodovias estaduais que passaram a ser rotas alternativas.”Agradeço o empenho do governo federal nesse compromisso conjunto”, destacou o governador Wanderlei Barbosa.
O ministro dos Transportes, Renan Filho, garantiu que entregará a ponte ainda este ano. “Estamos empenhados em cumprir o cronograma. Vamos entregar a ponte de Estreito até Aguiarnópolis. Essa parceria com o governador Wanderlei é importante para avançarmos nas obras, amenizar os transtornos causados na região e impulsionar ainda mais o desenvolvimento do Tocantins”, reforçou o ministro.
Outro ponto debatido foi a proposta de construção de um anel viário em Axixá do Tocantins, com o objetivo de desviar o tráfego pesado do perímetro urbano da cidade. A sugestão foi apresentada pelo governo estadual e aceita pelo Ministério dos Transportes.
Greve na obra
Nesta terça-feira (5), trabalhadores da construção da nova ponte iniciaram uma greve. Eles denunciam atrasos salariais, não pagamento de horas extras e adicional de insalubridade, além de apontarem defasagem nos vencimentos frente às condições exigentes de trabalho.
O investimento total na ponte é de R$ 171,9 milhões, segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), que também informou que já está articulando com o consórcio responsável pela construção, para resolver as questões pendentes com os trabalhadores.
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Medidas emergenciais
Após o colapso da antiga estrutura, o Tocantins adotou medidas emergenciais, como travessias por voadeiras e a reorganização de rotas estaduais, como a TO-126, TO-134 e TO-201. Essas vias, entretanto, também passaram a sofrer com o aumento no tráfego e demandam manutenção constante.
A reconstrução da ponte JK é prioridade para restabelecer o fluxo entre Tocantins e Maranhão, além de reduzir os prejuízos causados pela interrupção da ligação rodoviária.
