Obra da Ponte JK entre Maranhão e Tocantins é paralisada por greve de trabalhadores

06 agosto 2025 às 09h37

COMPARTILHAR
Vídeos de trabalhadores que atuam na obra de reconstrução da Ponte Juscelino Kubitschek, localizada na divisa entre os estados do Maranhão e Tocantins, têm circulado nas redes sociais demonstrando insatisfação com as condições de trabalho. Eles anunciam uma greve desde a manhã de terça-feira, 5.
Entre as principais denúncias dos operários estão o pagamento de salários abaixo do acordado, a ausência de horas extras e o não pagamento do adicional de insalubridade, apesar da exposição prolongada ao sol e outras condições adversas. Em um dos vídeos, um trabalhador afirma: “Está com quatro meses que não paga”.
Assista o vídeo abaixo.
A paralisação afeta diretamente o cronograma da obra, que está prevista para ser concluída em dezembro deste ano.
- Construção da nova ponte entre Tocantins e Maranhão atinge 50% de execução, diz Dnit
- Nova ponte entre Estreito e Aguiarnópolis está 35% concluída, diz DNIT
A antiga estrutura da ponte desabou em 22 de dezembro de 2024, causando a morte de 14 pessoas, além de três desaparecidos. Desde então, a reconstrução da ponte tem sido acompanhada com expectativa por motoristas e moradores da região.
O Jornal Opção Tocantins entrou em contato com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), órgão responsável pela obra, que enviou a seguinte nota:
O DNIT informa que as obras do contrato nº 00.00958/2024, executadas pelo Consórcio Ponte de Estreito, estão sendo devidamente acompanhadas pela autarquia, tanto em seus aspectos técnicos quanto administrativos.
Com relação à paralisação ocorrida, o DNIT esclarece que está em contato com o consórcio responsável, o qual informou que a contabilização de horas extras dos trabalhadores será tratada caso a caso, com o objetivo de esclarecer dúvidas e garantir os direitos dos funcionários.
O DNIT reforça que continuará fiscalizando o cumprimento integral do contrato, com atenção especial ao cronograma físico-financeiro e às obrigações trabalhistas do contratado, a fim de assegurar a regularidade e a continuidade dos serviços.