A Polícia Civil do Tocantins (PC-TO) participou, na manhã desta quarta-feira, 10, da Operação Checkout, que mira um esquema interestadual de fraudes cibernéticas responsável por desviar 68 veículos de uma empresa de locação. A ação é coordenada pela Polícia Civil do Ceará e cumpre medidas judiciais simultâneas no Ceará, em São Paulo e no Tocantins.

Em Palmas, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão, com participação da Divisão Especializada na Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCC/TO), Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (DRACCO), 1ª DEIC – Palmas e Divisão Especializada de Repressão a Crimes Contra a Ordem Tributária (DRCOT).

Segundo as investigações, os criminosos obtiveram credenciais corporativas da locadora de forma fraudulenta. Com o acesso indevido, conseguiam entrar no sistema de reservas e realizar locações irregulares, permitindo que os carros fossem subtraídos sem contrato válido. Os veículos eram revendidos em redes sociais, aplicativos de mensagens e até na Dark Web. Parte da frota era destinada a desmanche ou enviada para outros estados.

No total, a operação cumpre 18 medidas cautelares, incluindo 17 mandados de busca e apreensão e um de prisão preventiva, além do bloqueio de R$ 3 milhões em bens por investigado e a quebra de sigilos telemático e telefônico.

A delegada Luciana Midlej, titular da DRCC/TO, destacou que a integração entre as forças policiais foi essencial para o avanço das investigações.

“A atuação da Polícia Civil do Tocantins foi fundamental para a execução das medidas judiciais no estado, reforçando a integração interestadual e contribuindo para a identificação e responsabilização dos envolvidos em crimes cibernéticos complexos”, afirmou.

Os investigados podem responder por invasão de dispositivo informático, furto qualificado por meio eletrônico, organização criminosa, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro, crimes que podem ultrapassar 35 anos de prisão.