A Polícia Federal (PF) cumpriu, nesta quinta-feira, 6, mandado de busca e apreensão em Sumaré (SP), dentro da 8ª fase da Operação Overclean, investigação que apura fraudes em licitações, desvio de recursos públicos, corrupção e lavagem de dinheiro. A determinação partiu do Supremo Tribunal Federal (STF).

O principal alvo da ação é Danilo de Azevedo Costa, atual secretário municipal de Educação de Sumaré. Antes de assumir o cargo em São Paulo, ele atuou no governo de Goiás e foi secretário estadual de Educação do Tocantins.

Ele ocupou o cargo por cerca de um mês, entre outubro e novembro de 2021, logo após o afastamento do então governador Mauro Carlesse. Na época, Danilo,que era secretário-executivo, substituiu Adriana Aguiar e permaneceu à frente da pasta até a nomeação de Fábio Vaz, já no início da gestão de Wanderlei Barbosa (Republicanos).

Deflagrada na última sexta-feira, 31, a nova etapa da Overclean busca desarticular um esquema de fraudes em licitações no Tocantins, com pagamento de propina a partir do desvio de emendas parlamentares.

De acordo com a PF, esta nova fase da investigação tem como foco um contrato de mais de R$ 16 milhões firmado entre a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) e uma empresa de dedetização, suspeito de ter sido utilizado em um esquema de desvios de recursos e pagamento de propinas com verbas oriundas de emendas parlamentares.

Na ocasião, foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão em Brasília (DF), São Paulo (SP), Palmas (TO) e Gurupi (TO). Duas pessoas foram presas por suspeita de tentar obstruir as investigações: Danilo Pinto da Silva e Éder Martins Fernandes, ex-secretário-executivo de Educação do Tocantins. Ambos já estão soltos após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

Outros investigados

Entre os alvos da 8ª fase estão ex-gestores e aliados políticos que ocuparam cargos em diferentes administrações:

  • Claudinei Aparecido Quaresemin – ex-secretário extraordinário de Parcerias e Investimentos do Tocantins
  • Itallo Moreira de Almeida – ex-diretor da Secretaria Municipal de Educação de Goiânia
  • Luiz Cláudio Freire de Souza França – advogado e secretário-geral do Podemos

Os investigados podem responder por organização criminosa, corrupção ativa e passiva, peculato, fraude em licitações e contratos administrativos e lavagem de dinheiro.