Palmas lidera nível de ocupação e rendimento entre capitais brasileiras, aponta IBGE
07 dezembro 2024 às 09h59
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De acordo com dados da Síntese de Indicadores Sociais (SIS) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Palmas foi, em 2023, a capital brasileira com o maior nível de ocupação, alcançando 70,3% da sua população ocupada, o que representa uma diferença de 12,7 pontos percentuais em relação à média nacional de 57,6%. No estado do Tocantins, o índice de ocupação foi de 60,1%.
Florianópolis (66,4%) e Goiânia (65,5%) foram as capitais mais próximas de Palmas na variável. A análise também revelou que o nível de ocupação masculina continua superior ao feminino, tendência observada nacionalmente. Em Palmas, os homens representaram 53,8% dos ocupados, enquanto as mulheres atingiram 46,2%, um reflexo de questões sociais, como a maior dedicação das mulheres aos trabalhos domésticos.
O levantamento também explora o rendimento médio habitual dos trabalhadores, que no caso de Palmas, alcançou R$3.618 em 2023, o maior entre as capitais da Região Norte, com um ganho de R$21,10 por hora trabalhada. No estado do Tocantins, o valor foi de R$2.526. Apesar dos índices positivos, o Tocantins registrou 19,3% de jovens entre 15 e 29 anos que não trabalhavam nem estudavam, taxa inferior à média nacional de 21,2%. A faixa etária com maior representação nesse grupo foi a de 18 a 24 anos (24,0%).
Palmas liderou o percentual de imóveis alugados entre as capitais, com 40,2% da população vivendo em locação, quase empatada com o número de residências próprias e quitadas (40,5%). No estado, 61,1% dos imóveis ocupados já estavam pagos, enquanto 23,5% eram alugados. O acesso a bens e serviços na capital também foi destacado. Telefones celulares estavam presentes em 99,4% dos domicílios, e o acesso à internet atingiu 99,0%. Automóveis foram registrados em 65,1% das residências, enquanto as motocicletas foram mais comuns no estado como um todo, com 48,6%.
No campo educacional, 99,7% das crianças de 6 a 10 anos no Tocantins frequentavam a escola, e a taxa para a faixa etária de 6 a 14 anos foi de 99,3%. Em contrapartida, apenas 7,4% das crianças frequentavam creches privadas, o menor índice entre os estados brasileiros. Na saúde, o estado registrou avanços no número de leitos do Sistema Único de Saúde (SUS), com 15,8 leitos para cada 10 mil habitantes em 2023, um aumento de 4,6% em relação ao ano anterior. A proporção de médicos também cresceu, chegando a 18,8 por 10 mil habitantes, quase o dobro do registrado em 2010. A pesquisa apontou uma redução na extrema pobreza no Tocantins, com 4,2% da população vivendo com menos de US$2,15 por dia, menor índice já registrado na série histórica. No norte do estado, entretanto, 6,7% ainda enfrentam essa realidade.