A Polícia Federal efetuou, na manhã deste sábado, 22, em Brasília, a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro durante mais uma fase da investigação que apura possíveis crimes de obstrução de justiça e atuação de organização criminosa. A medida, de caráter preventivo, foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) após análise dos indícios reunidos ao longo do inquérito.

A operação, mantida sob sigilo até sua deflagração, mobilizou equipes da Polícia Federal para cumprir mandados de busca, apreensão e prisão. Durante a ação, foram recolhidos documentos, celulares, computadores e outros materiais avaliados como relevantes para o andamento das apurações.

De acordo com fontes próximas ao caso, a prisão ocorre em um período de intensificação das investigações, nas quais os responsáveis pelo inquérito apontam possíveis condutas relacionadas à interferência em processos, ao acesso a informações sigilosas e à articulação de ações que poderiam dificultar o trabalho das autoridades.

A defesa do ex-presidente acompanhou a operação e deve se posicionar após ter acesso aos autos. O caso amplia os efeitos políticos da investigação, que já alcançou aliados e pessoas próximas ao ex-presidente.

A prisão de Jair Bolsonaro é considerada um dos elementos centrais do inquérito e deverá gerar desdobramentos jurídicos e institucionais nos próximos dias. A Polícia Federal informou que novas ações poderão ser realizadas conforme a análise do material apreendido.