A Agência de Defesa Agropecuária do Tocantins (Adapec) informou que o cultivo do algodão no Estado estará permitido a partir desta sexta-feira, 21, com prazo estendido até 15 de janeiro de 2026 para a primeira safra, em sistema de sequeiro. Para o algodão safrinha, a autorização de plantio passa a valer em 15 de janeiro. A liberação ocorre após o término do vazio sanitário, previsto pela legislação fitossanitária da cultura.

De acordo com o gerente de Sanidade Vegetal da Adapec, Marley Camilo, os produtores precisam realizar o cadastro obrigatório das áreas produtoras no escritório da Agência do município onde a lavoura está situada. O prazo estabelecido segue até 15 de janeiro para a primeira safra e até 15 de março para a safrinha, conforme a normativa vigente.

A produção algodoeira no Tocantins segue em expansão. Na safra 2024/2025, o Estado registrou aumento de 58% na área plantada em relação ao ciclo anterior, alcançando 14,5 mil hectares cadastrados na Adapec.

Fim do vazio sanitário

O vazio sanitário do algodão no Tocantins, iniciado em 20 de setembro, será encerrado nesta quinta-feira, 20. A estratégia tem como objetivo prevenir e controlar o bicudo-do-algodoeiro, considerada a principal praga que atinge a cultura.

Durante o período, a Adapec intensificou o monitoramento das áreas produtoras para verificar a ausência de plantas que pudessem representar risco fitossanitário, interrompendo o ciclo reprodutivo do inseto e estabelecendo condições adequadas para o início da nova safra.

Bicudo-do-algodoeiro

O bicudo-do-algodoeiro é um besouro de coloração cinza ou castanha, medindo entre 3 mm e 7 mm. A praga ataca as lavouras desde o surgimento dos botões florais até a colheita e pode desenvolver de quatro a seis gerações em um único ciclo. Sem manejo adequado, pode ocasionar perdas de até 70% da produção.