A Polícia Civil de Goiás deflagrou, nesta quinta-feira, 14, a terceira fase da Operação Mirum para desarticular um grupo suspeito de aplicar o “golpe do novo número”, quando criminosos se passam por familiares das vítimas para pedir transferências de dinheiro. A ação cumpre 47 medidas cautelares (23 mandados de busca e apreensão, 23 mandados de prisão temporária e um mandado de sequestro de bens no valor de R$ 120 mil) em 13 cidades de sete estados, incluindo o Tocantins.

No Estado, uma pessoa foi presa na região Norte de Palmas. O grupo é investigado por associação criminosa, estelionato eletrônico e lavagem de capitais.

Na segunda fase da Operação Mirum, ocorrida em julho de 2022, a Polícia Civil de Goiás, cumpriu 26 mandados judiciais (16 de prisão temporária e 10 de busca e apreensão) em Goiânia, Senador Canedo, Goianira e Bonfinópolis. A ação mobilizou cerca de 110 policiais da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (DEIC) e de outras unidades, visando desarticular uma quadrilha especializada no “golpe do novo número” via WhatsApp.

A etapa foi resultado das investigações iniciadas após a primeira fase, em 2021, quando cinco beneficiários de transferências ilícitas foram presos. Naquela época, a polícia identificou mais duas vítimas e 24 novos suspeitos, incluindo homens e mulheres. Durante o cumprimento dos mandados, um dos investigados foi preso em flagrante por tráfico de drogas.

Os criminosos se passavam por parentes das vítimas para pedir transferências sob o pretexto de “uma surpresa”, como a compra de um apartamento. As penas previstas para os crimes vão de 3 a 10 anos, envolvendo estelionato, associação criminosa e, possivelmente, lavagem de dinheiro.