População do Tocantins aumenta em 4,3% nos últimos dois anos, aponta estimativa do IBGE
30 agosto 2024 às 13h14
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Nesta quinta-feira, 29, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou as estimativas da população residente nos 5.570 municípios do Brasil. Com base na data de referência de 1º de julho de 2024, a população do país foi estimada em 212,6 milhões de habitantes. Esse levantamento serve como um dos critérios utilizados pelo Tribunal de Contas da União (TCU) para calcular o Fundo de Participação de Estados e Municípios, além de servir como referência para indicadores sociais, econômicos e demográficos.
No Tocantins, a população estimada em 2024 é de 1.577.342 pessoas, o que representa um aumento de 4,3% em relação ao último levantamento realizado pelo IBGE, do ano de 2022, que constava o total de 1.511.460 habitantes no estado. Palmas, por sua vez, demonstra um aumento de quase 7% da população estimada em 2024 com 323.625 habitantes. Em 2022 a população da capital somava 302.692 pessoas.
O Brasil possui 15 municípios com população superior a 1 milhão de habitantes, dos quais 13 são capitais. Essas cidades abrigam, ao todo, 42,7 milhões de pessoas, o que corresponde a 20,1% da população total do país. São Paulo continua sendo a cidade mais populosa, com 11,9 milhões de habitantes, seguida pelo Rio de Janeiro, com 6,7 milhões, e Brasília, com quase 3 milhões. Fortaleza e Salvador completam a lista dos cinco municípios mais populosos, ambos com 2,6 milhões de habitantes cada.
Ocupando o fim da lista, 26 municípios registraram menos de 1.500 habitantes. Serra da Saudade (MG) é o menos populoso, com 854 moradores. Anhanguera (GO) e Borá (SP) seguem na lista, com populações de 921 e 928, respectivamente, sendo os únicos municípios com menos de mil habitantes. O Tocantins aparece em duas posições: Oliveira de Fátima ocupa o nono lugar, enquanto Crixás do Tocantins está na vigésima sexta posição, com 1.211 e 1.499 habitantes, respectivamente.
Entre os estados brasileiros, São Paulo abriga 21,6% da população nacional, totalizando 46,0 milhões de habitantes. A segunda posição pertence ao estado de Minas Gerais, com 10% da população (21,3 milhões), seguido pelo Rio de Janeiro, que concentra 8,1% (17,2 milhões). No extremo oposto, cinco Unidades da Federação (UF) possuem menos de 1% da população do país: Rondônia (0,8%), Tocantins (0,7%), Acre (0,4%), Amapá (0,4%) e Roraima (0,3%).
O estudo também apresenta como a população brasileira está distribuída entre os municípios, de acordo com diferentes faixas populacionais. Ao todo, 65,7 milhões de pessoas, representando 30,9% da população total, vivem em 48 municípios com mais de 500 mil habitantes, o que equivale a apenas 0,9% dos municípios do país. Outra parte significativa da população, cerca de 27,3% (58,0 milhões), reside em 339 municípios que possuem entre 100 mil e 500 mil habitantes, correspondendo a 6,1% do total de municípios. Entre esses, estão as cidades tocantinenses de Palmas e Araguaína.
Marcio Minamiguchi, gerente de Projeções e Estimativas Populacionais do IBGE, esclarece que esse fenômeno é um reflexo da forma como a população está distribuída pelo território. “Embora atualmente os maiores centros urbanos já não apresentem o grande crescimento do passado, eles ainda possuem o peso demográfico que vem de um processo de concentração de algumas décadas. E ao longo dos anos, vários municípios acabaram superando a marca dos 500 mil habitantes”, explicou o pesquisador.
Essas estimativas de população são elaboradas com base nas Projeções da População do Brasil e das Unidades da Federação e nos dados totais de população dos municípios obtidos pelos Censos Demográficos de 2010 e 2022. “As populações recenseadas nos municípios nos dois últimos Censos foram ajustadas e serviram de base para o estabelecimento da tendência de crescimento da população para as Estimativas da População até a data de referência, em 1º de julho de 2024”, explica. “A cada ano são incorporadas nas estimativas municipais de população as alterações de limites geográficos que porventura aconteçam entre os municípios”, conclui Márcio Minamiguchi.