Sarampo no Tocantins: 17 casos são confirmados e outros 10 seguem em investigação

09 agosto 2025 às 08h29

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O Tocantins confirmou, até a manhã de sexta-feira, 8, 17 casos de sarampo, todos ligados a pessoas que tiveram contato com viajantes vindos de países onde o vírus circula. Ao todo, foram notificadas 47 ocorrências: 21 em Campos Lindos, 16 em Palmas, três em Porto Nacional, um em Nova Olinda, três em Araguaína, um em Gurupi, um em Filadélfia e um em Carmolândia. Vinte casos foram descartados e outros dez seguem em investigação.
Segundo a Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO), desde 19 de julho equipes de vigilância atuam em Campos Lindos com ações como vacinação de contatos, orientação de isolamento e monitoramento dos casos. De julho a agosto, quase 8 mil doses foram aplicadas, e as 323 salas de vacinação do Estado estão abastecidas. Neste sábado (9/8), será realizado o “Dia D” de vacinação contra o sarampo, com mobilização em todos os 139 municípios.
O sarampo é uma infecção viral altamente transmissível, transmitida pelo ar ao tossir, espirrar, falar ou respirar. Os sintomas incluem febre alta, manchas vermelhas pelo corpo, tosse, coriza e conjuntivite. O período de incubação varia de 7 a 14 dias, e a transmissão pode ocorrer entre seis dias antes e quatro dias após o início das manchas. Casos graves podem evoluir para pneumonia, encefalite e até morte.
Prevenção e cuidados
A principal forma de prevenção é a vacinação, disponível gratuitamente no SUS. O esquema varia conforme a idade:
- 6 a 11 meses: dose zero (dupla viral).
- 12 meses: primeira dose da tríplice viral; após 30 dias, segunda dose (tetraviral ou tríplice + varicela).
- 15 meses a 4 anos: segunda dose da tríplice viral, se vacinada aos 12 meses.
- 5 a 29 anos: duas doses, se não vacinado ou com esquema incompleto.
- 30 a 59 anos: dose única.
- Trabalhadores da saúde: duas doses, independentemente da idade.
Além da imunização, é importante manter isolamento por pelo menos quatro dias após o surgimento das manchas, evitar contato com pessoas vulneráveis, higienizar as mãos, cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar e manter ambientes limpos.
Não há tratamento específico. O atendimento médico busca aliviar sintomas e prevenir complicações. A SES-TO orienta que qualquer pessoa com sinais da doença procure a unidade de saúde mais próxima.