Saúde do Tocantins alerta sobre os cuidados com a hanseníase

03 janeiro 2024 às 16h36

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No intuito de alertar a população sobre a hanseníase, a Secretaria de Estado da Saúde do Tocantins (SES-TO) aderiu à campanha Janeiro Roxo, do Ministério da Saúde (MS). A doença, infectocontagiosa, afetou 896 pessoas em 2023 no estado, segundo dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN).
As manchas na pele com perda de sensibilidade são indicativos da hanseníase, exigindo diagnóstico precoce para evitar deformidades e iniciar o tratamento. A coordenadora Estadual da Hanseníase, Márcia Faria e Silva, destaca as atividades desenvolvidas em 2023 para qualificar os serviços, incluindo a Carreta ‘Roda-Hans’ para capacitar profissionais de saúde e aprimorar o diagnóstico oportuno.
Para 2024, a SES-TO busca parcerias intersetoriais e intrassetoriais, alinhando-se a parceiros para construir um planejamento estratégico de combate à hanseníase. A doença, causada pela bactéria Mycobacterium Leprae, afeta pele, mucosas e nervos, transmitindo-se pelo contato com pessoas doentes não tratadas.
Os sintomas incluem manchas na pele com perda de sensibilidade, dormência, fisgadas, formigamento e áreas não transpirantes. O diagnóstico e tratamento são realizados em Unidades Básicas de Saúde (UBS). O tratamento, disponibilizado pelo SUS, varia de 6 a 12 meses, com cirurgias corretivas gratuitas, se necessário, nos hospitais públicos do Tocantins.
O médico de Família e Comunidade, Diego de Abreu Noleto, destaca que o tratamento visa a cura da infecção por meio da antibioticoterapia e a prevenção de incapacidades físicas, ressaltando a importância da detecção precoce e do tratamento adequado das reações hansênicas e do comprometimento da função neurológica.