Setor de serviços no Tocantins apresenta crescimento de 27,7% em maio, diz IBGE
15 julho 2024 às 10h56
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O setor de serviços no Tocantins apresentou um crescimento de 27,7% em maio, impulsionado principalmente pelo aumento do transporte de carga, fundamental tanto para o transporte de insumos como para o escoamento da produção agrícola, ponto forte da economia do estado. Este desempenho contribuiu positivamente para o resultado nacional, que permaneceu estável (0,0%) na passagem de abril para maio, após dois meses seguidos de alta.
No cenário nacional, o volume de serviços prestados no país registrou uma alta de 0,8% em relação a maio de 2023, após ter avançado 5,5% em abril passado. Com este resultado, os serviços estão 12,7% acima do nível de fevereiro de 2020, período da pré-pandemia, e 0,9% abaixo de dezembro de 2022, quando ocorreu o ponto mais alto da série histórica. No acumulado do ano de 2024, o setor mostrou um crescimento de 2,0% se comparado ao mesmo período de 2023. No entanto, nos últimos 12 meses, apresentou uma desaceleração, passando de 1,6% em abril para 1,3% em maio de 2024. Os dados fazem parte da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada nesta sexta-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De acordo com Rodrigo Lobo, gerente da pesquisa, mesmo com a variação nula, houve disseminação de taxas negativas em termos setoriais e regionais. Das cinco atividades pesquisadas na PMS, três apresentaram recuo, com destaque para o setor de transportes (-1,6%), influenciado principalmente pela menor receita vinda do transporte aéreo e, em seguida, do rodoviário coletivo de passageiros.
As outras atividades que tiveram quedas foram informação e comunicação (-1,1%) e outros serviços (-1,6%). Já entre os setores com avanços, os serviços prestados às famílias cresceram 3,0%, recuperando integralmente a perda de 2,7% do mês anterior, impulsionados pelo setor de restaurantes. A outra expansão foi no setor de serviços profissionais, administrativos e complementares, com um crescimento de 0,5%.
Turismo
A PMS também mostrou que as atividades turísticas tiveram uma queda de 0,2% em maio, em relação a abril, após dois meses de alta, com ganho acumulado de 2,4%. Regionalmente, seis dos 12 locais pesquisados tiveram recuo, com o Rio Grande do Sul apresentando a influência negativa mais significativa (-32,3%) devido aos desastres provocados pelas enchentes.
Outros desempenhos negativos importantes foram São Paulo (-1,8%) e Paraná (-2,8%), enquanto o Rio de Janeiro e a Bahia registraram avanços de 2,5% e 1,9%, respectivamente. Em maio, o segmento de turismo estava 4,6% acima do patamar pré-pandemia e 3,0% abaixo do ponto mais alto da série, em fevereiro de 2014.
No acumulado de janeiro a maio de 2024, o setor de transportes de cargas apresentou uma variação negativa de 0,4%, situando-se 7,3% abaixo do ponto mais alto de sua série (julho de 2023) e 32,8% acima do patamar pré-pandemia.
Unidades da Federação
Regionalmente, a PMS registrou queda no volume de serviços em 19 das 27 unidades da federação na passagem de abril para maio de 2024, com Minas Gerais (-2,9%), Santa Catarina (-3,6%), Bahia (-4,1%), Maranhão (-8,7%) e Distrito Federal (-2,1%) apresentando as principais quedas. Em movimento contrário, além do Tocantins, Mato Grosso exerceu a principal contribuição positiva do mês, com alta de 6,2%.
No Rio Grande do Sul, houve um crescimento de 0,6% em maio, embora a receita nominal tenha caído 13,6% devido à queda brusca dos preços dos pedágios. Essa situação foi influenciada pela interrupção das cobranças de tarifas nas rodovias, facilitando o deslocamento de veículos envolvidos em operações de resgate de vítimas das enchentes.
Maio de 2023
Na comparação com maio de 2023, houve crescimento em quatro das cinco atividades e 48,2% dos 166 tipos de serviços. O setor de informação e comunicação exerceu o principal impacto positivo com uma elevação de 4,2%. As outras expansões foram nos serviços profissionais, administrativos e complementares (3,4%); serviços prestados às famílias (6,5%); e outros serviços (3,3%). A única queda ficou com os transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-4,8%).
A próxima divulgação da Pesquisa Mensal de Serviços, relativa ao mês de junho, será em 13 de agosto (com informações da Agência Brasil).