Um caso suspeito de intoxicação por metanol está sob investigação no Tocantins desde o dia 15 de outubro, quando um paciente deu entrada no Hospital Geral de Palmas (HGP) com sintomas compatíveis com o quadro. A Secretaria de Estado da Saúde (SES) havia informado que o resultado dos exames seria divulgado em até sete dias, mas, passadas quase duas semanas, o laudo ainda não foi concluído.

O paciente recebeu alta hospitalar na última quinta-feira (22), mas os resultados laboratoriais, essenciais para confirmar ou descartar a suspeita, continuam pendentes. Segundo a SES, a análise segue em tramitação e o caso permanece em investigação.

Em nota, a pasta afirmou que, por determinação do Conselho Federal de Medicina (CFM) e da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), não está autorizada a divulgar detalhes clínicos ou informações do prontuário sem consentimento da família.

O episódio ocorre em meio a um alerta nacional emitido pelo Ministério da Saúde sobre a circulação de bebidas adulteradas com metanol em diferentes estados do país. O Tocantins segue as orientações da Nota Técnica Conjunta nº 376/2025, que define os protocolos de notificação, atendimento e investigação de casos suspeitos.

Equipes das áreas de Vigilância em Saúde, Vigilância Sanitária, Atenção Especializada e do Laboratório Central do Estado (Lacen-TO) estão mobilizadas. A SES informou que o comunicado técnico foi encaminhado a todos os 139 municípios tocantinenses, com orientações sobre vigilância e monitoramento de bebidas suspeitas.

O Ministério da Saúde reforça a recomendação para que a população evite o consumo de bebidas alcoólicas de procedência duvidosa e procure atendimento médico imediato caso apresente sintomas após a ingestão.

Situação no país

De acordo com dados atualizados na sexta, 24, pelo Ministério da Saúde, o Brasil registra 58 casos confirmados de intoxicação por metanol associados ao consumo de bebidas alcoólicas, além de 50 casos em investigação. Outras 635 notificações foram descartadas.

O número de mortes chegou a 15, sendo nove em São Paulo, seis no Paraná e seis em Pernambuco. Há ainda nove óbitos em investigação — quatro em Pernambuco, dois no Paraná, um em Minas Gerais, um em Mato Grosso do Sul e um em São Paulo.