Suspeito invade perfil de professora para solicitar imagens íntimas de adolescentes em Oliveira de Fátima

A Polícia Civil do Tocantins, por meio da 6ª Divisão Especializada de Combate ao Crime (6ª Deic), executou nesta quinta-feira, 12, um mandado de busca e apreensão contra um homem de 20 anos suspeito de acessar indevidamente a conta de uma professora nas redes sociais e solicitar imagens íntimas a adolescentes.

O delegado responsável pelo caso, Antônio Onofre de Oliveira Filho, explicou que, após assumir o controle do perfil, o suspeito passou a enviar mensagens e fotos íntimas às adolescentes se passando pela docente. “O objetivo dos contatos era obter conteúdos de natureza indevida. Ainda tentou contato com uma criança de 11 anos”.

As estudantes de 14 anos identificaram que o teor das mensagens não correspondia ao comportamento da professora, que era conhecida por elas. Elas avisaram seus pais, que por sua vez acionaram a direção da escola. A unidade orientou o registro do boletim de ocorrência. A docente também formalizou Boletim de Ocorrência para solicitar a apuração do caso.

Com essas informações, a 6ª Deic deu início às investigações e rapidamente identificou o suspeito e o aparelho utilizado. O dispositivo foi apreendido durante o cumprimento do mandado na cidade de Oliveira de Fátima.

Além da busca e apreensão, a Justiça estabeleceu medidas cautelares que impedem o homem de manter qualquer contato com as vítimas, sob risco de decretação de prisão preventiva em caso de descumprimento.

Durante o cumprimento da ordem judicial, o suspeito prestou esclarecimentos, confirmou os fatos e disse estar arrependido.

A investigação analisa os delitos de invasão de dispositivo informático (art. 154-A do CP), falsa identidade (art. 307 do CP) e importunação sexual (art. 215-A do CP).

A autoridade policial ressaltou que a ação foi necessária, considerando que o investigado utilizou a imagem e a relação de confiança da profissional de educação com as vítimas. “O cumprimento do mandado logrou êxito em apreender o aparelho celular usado no crime. Em seu interrogatório, o homem deixou claro que acreditava que não seria descoberto, mas o trabalho investigativo da Polícia Civil provou que ele estava enganado”, afirmou.