Tecnologia financiada pela Finep pode ser aplicada no monitoramento de pontes e viadutos no Tocantins
27 dezembro 2025 às 15h23

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Uma tecnologia desenvolvida no Brasil e financiada com recursos públicos pode ser utilizada no monitoramento de obras de infraestrutura no Tocantins. A Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), vinculada ao Ministério da Ciência, Inovação e Tecnologia, investiu cerca de R$ 1,5 milhão na PhDsoft, empresa que atua no desenvolvimento de soluções para a gestão de estruturas industriais e equipamentos.
A ferramenta criada pela empresa é denominada “gêmeos preditivos digitais” e consiste no uso de sensores aliados ao histórico de manutenção dos equipamentos para “digitalizá-los”. A partir dessa versão digital, é possível prever falhas, programar atualizações e reduzir paradas inesperadas que impactam a produção.
O aporte foi realizado com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Na prática, equipamentos e estruturas que antes eram apenas “metal e concreto” passam a operar de forma inteligente, adequados para a chamada Indústria 4.0, segundo Duperron Ribeiro, CEO da PhDsoft.
A tecnologia pode ser aplicada em diferentes áreas, como a manutenção de navios e plataformas de petróleo, equipamentos industriais de vários segmentos e também em obras de infraestrutura, incluindo pontes e viadutos. De acordo com a Finep, o desabamento da ponte localizada na divisa entre Tocantins e Maranhão, ocorrido em dezembro de 2024, é citado como um exemplo de acidente que poderia ser evitado com esse tipo de monitoramento.
O problema enfrentado na gestão dessas estruturas, segundo a proposta da tecnologia, não está na ausência de informações, mas no excesso de dados desconectados, como relatórios, fotografias, registros de inspeções e históricos de manutenção que permanecem dispersos. O gêmeo preditivo reúne esses dados em uma única visão, permitindo que gestores estabeleçam prioridades com base em critérios objetivos de risco e urgência.
