Tocantins alcança 9,1 milhões de toneladas de grãos com crescimento de 28,2% na safra 2024/2025

12 setembro 2025 às 15h35

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O Tocantins encerrou a safra 2024/2025 com crescimento de 28,2% na produção de grãos em comparação ao ciclo anterior, alcançando 9,1 milhões de toneladas. O resultado foi divulgado nesta quinta-feira, 11, pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), no 12º Levantamento da Safra de Grãos 2024/25, o último da temporada.
No estado, a área cultivada subiu de 2,2 milhões de hectares em 2023/2024 para 2,4 milhões em 2024/2025, avanço de 9,4%. A produtividade também aumentou, passando de 3.248 quilos por hectare para 3.808 quilos, alta de 17,2%. Com isso, a produção saltou de 7,15 milhões de toneladas para 9,17 milhões de toneladas.
Entre as culturas, a soja foi o destaque, com incremento de 32,7%, passando de 4,03 milhões para 5,35 milhões de toneladas. O sorgo registrou avanço de 38,1%, com produção de 146,5 mil toneladas frente às 106,1 mil toneladas da safra anterior. Já o milho cresceu 26,3%, atingindo 2,66 milhões de toneladas em 2024/2025. Algodão, arroz, feijão e gergelim também apresentaram crescimento.
No cenário nacional, a produção total de grãos no ciclo 2024/2025 é estimada em 350,2 milhões de toneladas, o maior volume da série histórica, superando as 324,36 milhões de toneladas de 2022/2023. O aumento representa 16,3% em relação à safra anterior, equivalente a 49,1 milhões de toneladas adicionais. Soja, milho, arroz e algodão respondem por cerca de 47 milhões de toneladas desse crescimento.
O presidente da Conab, Edegar Pretto, ressaltou o resultado: “Apresentamos ao Brasil a maior safra agrícola da história, com 350,2 milhões de toneladas de grãos. Além disso, temos recordes na soja, com 171,5 milhões de toneladas, e no milho, com 139,7 milhões. A boa notícia também vem dos pequenos e médios agricultores, que colhem grandes safras de arroz e feijão. Voltamos a fazer estoques públicos depois de mais de uma década, o que fortalece a Conab como instrumento essencial para combater a fome”.
O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, destacou os efeitos econômicos: “Esse resultado garante estabilidade de preços internos, contribui para o controle inflacionário e fortalece a balança comercial, que também registra recordes. Isso mostra que não é coincidência: agricultura forte significa oportunidade de crescimento econômico”.
O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, também comentou: “Estamos vivendo um momento em que há deflação dos alimentos que chegam à mesa dos brasileiros. O país saiu do Mapa da Fome, temos recorde de exportação e fortalecemos a soberania alimentar. É a presença do Estado garantindo um propósito fundamental para o povo brasileiro”.
Produção por região e culturas específicas
De acordo com a Conab, a expansão da safra 2024/2025 está associada ao acréscimo de 1,9 milhão de hectares cultivados, passando de 79,9 milhões para 81,7 milhões de hectares, além de condições climáticas favoráveis, principalmente no Centro-Oeste, com destaque para o Mato Grosso. Isso contribuiu para a elevação da produtividade média nacional em 13,7%, chegando a 4.284 quilos por hectare, contra 3.769 quilos em 2023/2024.
Na soja, a produção alcançou 171,5 milhões de toneladas, alta de 20,2 milhões de toneladas em relação à safra anterior. A produtividade média nacional foi de 3.621 quilos por hectare, a maior já registrada pela Conab. Goiás apresentou o melhor desempenho, com 4.183 quilos por hectare, enquanto o Rio Grande do Sul registrou a menor média, de 2.342 quilos por hectare, impactado por altas temperaturas e chuvas irregulares.
O milho também atingiu produtividade recorde, com 6.391 quilos por hectare. A produção total foi estimada em 139,7 milhões de toneladas, avanço de 20,9% sobre 2023/2024. Na primeira safra, foram colhidas 24,9 milhões de toneladas, 8,6% acima do ciclo anterior. A segunda safra, com 97% da área já colhida e 3% em maturação, deve somar 112 milhões de toneladas, crescimento de 24,4%. Para a terceira safra, em fase de desenvolvimento, a expectativa é de 2,7 milhões de toneladas.
No algodão, a produção da pluma foi estimada em 4,1 milhões de toneladas, crescimento de 9,7% em relação à safra anterior, impulsionado pela expansão de 7,3% na área cultivada e por condições climáticas favoráveis. Até o fim de agosto, 72,8% da área já havia sido colhida.
A produção de arroz somou 12,8 milhões de toneladas, alta de 20,6% em comparação a 2023/2024, sendo a quarta maior já registrada. O aumento foi resultado de expansão de 9,8% na área cultivada, com destaque para o Rio Grande do Sul, principal estado produtor.
Já o feijão deve atingir cerca de 3,1 milhões de toneladas, considerando as três safras, garantindo o abastecimento interno.