O terceiro trimestre de 2025 marcou uma das menores taxas de desemprego da história em Tocantins, que atingiu 3,8%, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua Trimestral, divulgada nesta sexta-feira (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O estado figura entre as onze unidades da federação que alcançaram seus menores índices de desocupação desde 2012, quando começou a série histórica do IBGE. As demais regiões são Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Sergipe.

O Brasil encerrou o terceiro trimestre com 5,6% de desemprego, também o menor índice desde o início da série histórica. Embora Santa Catarina e Mato Grosso tenham registrado o menor percentual do país (2,3%), Tocantins se destacou entre os estados da região Norte e Centro-Oeste.

O patamar de 3,8% representa leve aumento em relação ao segundo trimestre (2,2%), variação que o IBGE classifica como “estabilidade”.

A pesquisa
A Pnad considera pessoas com 14 anos ou mais e avalia todas as formas de ocupação, incluindo empregos com ou sem carteira assinada, temporários e autônomos. Para o instituto, só é considerada desocupada a pessoa que procurou uma vaga nos 30 dias anteriores à pesquisa. Foram visitados 211 mil domicílios em todos os estados e no Distrito Federal.

Taxas de desocupação em destaque

  • Tocantins: 3,8%
  • Santa Catarina: 2,3%
  • Mato Grosso: 2,3%
  • Mato Grosso do Sul: 2,9%
  • Espírito Santo: 2,6%
  • Paraná: 3,5%
  • Rio Grande do Sul: 4,1%
  • São Paulo: 5,2%
  • Brasil: 5,6%

Estrutura econômica
O analista da pesquisa, William Kratochwill, explicou que estados com menores taxas de desemprego possuem historicamente índices mais baixos devido à estrutura econômica local.

“A estrutura econômica dessas regiões é a principal explicação para terem números tão baixos, porque cada um tem uma característica diferente”, disse.

“Santa Catarina, por exemplo, é a unidade da federação que tem o maior percentual de pessoas contratadas na indústria”, completou.

Para estados do Nordeste, com taxas mais altas, o analista destacou fatores como menor desenvolvimento econômico e baixa escolarização.

“Isso talvez seja um empecilho para que se desenvolva mais economicamente, uma vez que falta mão de obra qualificada para a economia crescer”, afirmou.

Carteira assinada

O levantamento aponta que oito unidades da federação apresentam percentual de empregados com carteira assinada no setor privado superior à média do Brasil (74,4%):

Santa Catarina: 88,0%

São Paulo: 82,8%

Rio Grande do Sul: 82,0%

Mato Grosso do Sul: 80,8%

Paraná: 80,7%

Mato Grosso: 78,9%

Rio de Janeiro: 76,7%

Distrito Federal: 76,3%

Sete estados não chegam a 60% dos empregados com carteira assinada:

Maranhão: 51,9%

Piauí: 52,4%

Paraíba: 55,3%

Pará: 56,8%

Acre: 58,1%

Ceará: 58,9%

Bahia: 59,3%