As exportações do Tocantins somaram US$ 1,58 bilhão no primeiro semestre de 2025, resultado que representa um crescimento de 11,5% em relação ao mesmo período do ano anterior, conforme dados divulgados nesta sexta-feira, 1º de agosto, pela Federação das Indústrias do Estado do Tocantins (Fieto). As operações de comércio exterior envolveram mais de 80 países, com destaque para a China, que concentrou 61,4% das compras. Os principais itens comercializados com o país asiático foram soja (82,5%) e carne bovina (17%).

A Espanha aparece na segunda posição entre os principais destinos das exportações tocantinenses, com participação de 6,7%. No total, o estado comercializou US$ 1,106 bilhão em soja, o que representa 64% do total exportado. Já a carne bovina alcançou US$ 271 milhões, equivalente a 17% da pauta. Os municípios de Porto Nacional, Palmas, Santa Rosa do Tocantins e Alvorada foram responsáveis por 53,3% das vendas externas no período.

As importações também apresentaram crescimento expressivo, totalizando US$ 126,4 milhões no semestre — aumento de 88,1% na comparação com o mesmo intervalo de 2024. A alta foi puxada principalmente pela aquisição de fertilizantes. Com isso, o saldo da balança comercial do estado encerrou o semestre com superávit de US$ 1,45 bilhão, um avanço de 7,7% em relação ao ano anterior.

“Os números reforçam o protagonismo do Tocantins no cenário exportador, com destaque para a expansão das vendas externas, e evidenciam a importância de investimentos em infraestrutura e inovação para sustentar esse ritmo de crescimento”, afirma Gleicilene Bezerra da Cruz, técnica responsável pelo estudo.

A maioria das transações comerciais realizadas pelo estado, tanto de exportação quanto de importação, utilizou os portos de São Luís (MA), Santos (SP) e Salvador (BA). A indústria de transformação respondeu por 30% do total exportado no semestre, enquanto a indústria extrativa teve participação de 0,19%.

No cenário nacional, o Tocantins representou aproximadamente 1,0% das exportações e 0,09% das importações brasileiras no primeiro semestre de 2025, mantendo-se na 15ª colocação entre os estados exportadores e na 25ª posição entre os importadores.