Tocantins apresenta o quarto maior aumento do PIB entre estados brasileiros em 2022
15 novembro 2024 às 10h40
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Em 2022, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil alcançou R$10,1 trilhões, registrando um crescimento de 3,0% em relação a 2021. Dentre as 27 unidades da federação, 24 apresentaram crescimento em seus números, onde o estado do Tocantins se destacou com o quarto melhor resultado, registrando um crescimento de 6,0%, figurando entre os estados de maior expansão no PIB ao lado de Roraima (11,3%), Mato Grosso (10,4%) e Piauí (6,2%). Por outro lado, Rio Grande do Sul (-2,6%), Espírito Santo (-1,7%) e Pará (-0,7%) foram as exceções, e não apresentaram crescimento em relação ao último censo.
Entre os três grandes grupos de atividades, a Agropecuária registrou uma queda de 1,1% em volume, enquanto a Indústria cresceu 1,5% e o setor de Serviços apresentou alta de 4,3%. Em termos regionais, nenhuma das cinco grandes regiões do Brasil teve queda em volume em 2022. A Região Sul apresentou um resultado estável, com uma variação de 0,1%, enquanto as demais regiões registraram crescimento, com destaque para o Centro-Oeste, que liderou com um aumento de 5,9%.
Todos os estados dessa região cresceram acima da média nacional, especialmente Mato Grosso, que alcançou um expressivo crescimento de 10,4%.O desempenho da Agropecuária foi um dos pontos principais para o resultado de 2022 nesses estados, com destaque para a produção de soja, que, apesar do desempenho mediano em nível nacional, cresceu nas regiões Norte e em parte do Centro-Oeste. No Tocantins, Roraima e Acre, além da Agropecuária, o crescimento também foi impulsionado pelos setores de Outros Serviços e Administração pública, defesa, saúde, educação e seguridade social.
Em relação à participação no PIB, entre 2021 e 2022, a Região Sudeste aumentou sua fatia em 1,0 ponto percentual, enquanto a Região Centro-Oeste ganhou 0,3 p.p. As Regiões Sul e Norte apresentaram uma redução de participação de 0,7 p.p. e 0,6 p.p., respectivamente, enquanto o Nordeste manteve sua participação inalterada. A Região Norte, com a perda de 0,6 p.p., ficou com 5,7% de participação, influenciada pela redução do Pará, que registrou queda devido ao desempenho em volume e preço das Indústrias extrativas. O Amazonas também teve sua participação reduzida de 1,5% para 1,4%, enquanto Rondônia aumentou de 0,6% para 0,7%. Os demais estados da região mantiveram suas participações.
Sete estados mudaram de posição no ranking de participação relativa entre 2021 e 2022. O Rio Grande do Sul caiu da quarta para a quinta posição, trocando de lugar com o Paraná, um movimento já observado em outras ocasiões ao longo da série histórica. O Pará desceu da décima para a 12ª posição, enquanto Mato Grosso e Pernambuco avançaram uma posição cada, mesmo com perda de participação, e passaram a ocupar a décima e a 11ª posições, respectivamente. Tocantins e Sergipe também trocaram de posição, ocupando a 23ª e 24ª posições, respectivamente, em virtude do leve ganho de participação do Tocantins.
Dentre os estados, Tocantins e Mato Grosso se destacaram com variações médias de 4,8% ao ano, seguidos por Roraima (4,5% ao ano), Piauí (3,7% ao ano) e Maranhão (3,4% ao ano). Por outro lado, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro apresentaram os menores crescimentos médios em volume no período, ambos com 1,4% ao ano.
Entre 2002 e 2022, as Regiões Centro-Oeste e Norte registraram os maiores ganhos de participação no PIB do país, com acréscimos de 2,0 p.p. e 1,0 p.p., respectivamente. O Sudeste foi a única região a perder participação no período, com uma redução de 4,1 p.p., principalmente devido às perdas de São Paulo (-3,8 p.p.) e Rio de Janeiro (-0,9 p.p.). Mato Grosso teve o maior ganho de participação individual (1,2 p.p.), seguido por Santa Catarina (0,9 p.p.) e Minas Gerais (0,7 p.p.).
Neste mesmo período, o PIB nacional cresceu em média 2,2% ao ano. As regiões Norte e Centro-Oeste apresentaram as maiores taxas de crescimento anual, ambas com 3,2% ao ano, enquanto a região Nordeste teve uma média próxima à nacional, de 2,3% ao ano. As regiões Sudeste e Sul registraram os menores crescimentos, ambos com 1,9% ao ano.