Tocantins apresenta resultados do Programa REDD+ e ações de baixo carbono na COP30
11 novembro 2025 às 14h00

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Com uma agenda voltada à redução de emissões e à sustentabilidade, o Tocantins participa da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), que ocorre entre os dias 10 e 21 de novembro, em Belém (PA). O Estado leva à conferência os resultados do Programa Jurisdicional de Redução das Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal (JREDD+), apontado como um dos mais avançados entre os programas subnacionais do mundo, além da estratégia de baixo carbono Tocantins Competitivo e Sustentável.
Durante o evento, o Tocantins integra aproximadamente 20 painéis voltados a temas como redução das emissões de gases de efeito estufa, adaptação às mudanças climáticas, financiamento climático para países em desenvolvimento, tecnologias de energia renovável e preservação de florestas e da biodiversidade. As atividades serão realizadas tanto na Blue Zone (espaço diplomático, com acesso restrito) quanto na Green Zone (aberta ao público).
Entre os representantes do Estado estão o governador Laurez Moreira (PSD), que participa de reuniões bilaterais com investidores e organismos internacionais, e o secretário de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Divaldo Rezende. Também integram a delegação a superintendente de Gestão de Políticas Públicas Ambientais da Semarh, Marli Santos; a diretora de Inteligência Ambiental, Clima e Florestas, Cristiane Peres; e as assessoras técnicas Izabel de Souza Acker e Ravenna Priscylla Pinto Vieira.
Segundo o secretário Divaldo Rezende, o Tocantins participa da conferência com destaque no mercado de crédito de carbono, apresentando os resultados do Programa Jurisdicional de REDD+ do Tocantins, reconhecido entre os subnacionais em nível global.
“Vamos apresentar também outras ações extremamente estratégicas nas quais o Tocantins vem atuando, como o Programa Floresta+, lançado na última sexta-feira, além das iniciativas promovidas pelo Governo do Tocantins para zerar os processos de regularização ambiental. O Estado vem trabalhando com o setor produtivo e com a participação das comunidades em busca de um desenvolvimento sustentável, igualitário e inovador”, destacou o secretário.
Painéis
A programação dos painéis tem início nesta terça-feira, 11, com o tema “Mecanismos de Financiamento Climático: REDD+ e Soluções Inovadoras para a Amazônia”, proposto pelo Estado do Amazonas. A superintendente Marli Santos representa o Tocantins nesse painel, realizado das 9h30 às 10h45, na Green Zone.
Também na Green Zone, no sábado, das 11h às 12h15, o Tocantins conduz o painel “O Mercado de Carbono Florestal está maduro: ajuda ou atrapalha no financiamento das florestas tropicais?”.
Na Blue Zone, o Estado participa na quinta-feira, 13, das 15h05 às 16h30, de uma nova discussão sobre o mercado de carbono florestal. Na sexta-feira, das 16h45 às 18h, o debate será sobre “Os desafios dos processos de Consulta Livre, Prévia e Informada (CLPI) dos Programas JREDD+ na garantia da Justiça Climática”.
De acordo com a superintendente Marli Santos, o Tocantins leva à COP30 experiências na agricultura de baixo carbono, em políticas de emissões reduzidas e na execução da estratégia Tocantins Competitivo e Sustentável.
“Competitivo porque garante a transação e a venda das commodities produzidas no Estado para o mercado internacional, mas também sustentável, pois assegura a qualidade de vida e os meios de subsistência dos povos indígenas, comunidades tradicionais e agricultores familiares, além de preservar um meio ambiente saudável, que oferece serviços ecossistêmicos essenciais”, afirmou.
A superintendente destacou ainda a aprovação, pelo secretariado do Padrão ART TREES, dos documentos de registro e monitoramento do Programa Jurisdicional de REDD+ do Tocantins, resultado do trabalho conduzido pelos órgãos estaduais sob coordenação da Semarh.
O Estado também realizou o processo de CLPI, com mais de 60 eventos participativos, voltados a povos indígenas, quilombolas, comunidades tradicionais e agricultores familiares, além de pequenos, médios e grandes produtores rurais e gestores de instituições estaduais, para apresentar e discutir o Programa JREDD+.
“Tudo isso será apresentado na COP30, e temos muito orgulho de estar quase lá nessa busca por financiamento climático, que é um desafio para todos os países com florestas. Nós merecemos ser remunerados pelo serviço ambiental que prestamos, reduzindo as emissões de gases de efeito estufa por desmatamento e degradação”, ressaltou Marli Santos.
