O Tocantins registrou 49 notificações de sarampo até a manhã desta quarta-feira, 13, com aumento de quatro confirmações. Em Campos Lindos, os casos confirmados passaram de 17 para 21. Outros municípios também notificaram a doença, com 16 casos em Palmas, três em Porto Nacional, um em Nova Olinda, três em Araguaína, três em Gurupi, um em Filadélfia e um em Carmolândia. Dos registros, 23 foram descartados, incluindo três em Porto Nacional, 12 em Palmas, três em Araguaína, um em Filadélfia, três em Gurupi e um em Carmolândia, e nove casos seguem em investigação.

Todos os casos envolvem pessoas com histórico de contato com viajantes de países onde o vírus circula, sem vacinação, apresentando sintomas clássicos da doença e em cuidados domiciliares.

Desde 19 de julho, a Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO) mantém profissionais de vigilância em saúde em Campos Lindos para ações de contenção, incluindo orientações de isolamento e vacinação dos contatos das pessoas confirmadas. A pasta também enviou notas técnicas aos 139 municípios, com orientações às áreas de vigilância e imunização. Todas as 323 salas de vacinação do Estado estão abastecidas com imunizantes.

A doença

O sarampo é uma doença infecciosa aguda, de natureza viral, altamente transmissível, por via aérea, ao tossir, espirrar, falar ou respirar. Ao ser contaminado, o paciente tem de sete a 14 dias de período de incubação e a transmissão pode ocorrer entre seis dias antes e quatro dias após o aparecimento dos sintomas, que incluem corpo e febre alta, manchas avermelhadas, tosse, coriza e conjuntivite. Podem ocorrer complicações como pneumonia, encefalite e óbito.

Prevenção

O sarampo tem prevenção por vacinação disponível gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS) e o esquema vacinal recomendado é o seguinte:

  • Crianças de 6 a 11 meses e 29 dias: dose zero com a vacina dupla viral;
  • Crianças de 12 meses: primeira dose (D1) da tríplice viral e, após 30 dias, segunda dose (D2) com a tetraviral (ou tríplice viral + varicela);
  • Crianças de 15 meses a 4 anos 11 meses e 29 dias: segunda dose (D2) da tríplice viral, se já vacinadas aos 12 meses;
  • Pessoas de 5 a 29 anos: duas doses da tríplice viral, se sem histórico vacinal ou com esquema incompleto;
  • Pessoas de 30 a 59 anos: dose única da tríplice viral;
  • Trabalhadores da saúde: duas doses da tríplice viral, independentemente da idade.

Além da vacinação, o isolamento é outra forma de evitar a transmissão. A pessoa com suspeita ou confirmação de sarampo deve evitar a ida ao trabalho ou escola por pelo menos quatro dias, a partir da data de aparecimento do exantema, além de evitar contato com pessoas mais vulneráveis, como crianças pequenas e mulheres grávidas.

Outras medidas incluem limpeza regular de superfícies; isolamento domiciliar durante o período de transmissão; distanciamento social em locais de atendimento de pessoas com suspeita; cobrir a boca ao tossir ou espirrar usando lenços descartáveis; e higiene das mãos com água e sabão ou álcool em gel.

Tratamento

Não existe tratamento específico para o sarampo, sendo os medicamentos utilizados apenas para reduzir o desconforto causado pelos sintomas. A SES-TO orienta procurar o serviço de saúde mais próximo caso surjam os sinais da doença para prescrição médica adequada.