Desde a última quarta-feira, 14, está em vigor uma lei que proíbe o plantio do Nim Indiano (Azadirachta Indica A. Juss) em todo o estado do Tocantins, tanto para arborização urbana quanto para reflorestamento dos biomas locais. A medida busca proteger a integridade dos ecossistemas tocantinenses e evitar possíveis impactos negativos à biodiversidade.

A árvore, que é amplamente conhecida por suas propriedades medicinais e pelo crescimento rápido, apresenta riscos consideráveis para a flora e fauna nativas. Suas raízes, que crescem de forma proporcional à copa, podem causar danos estruturais em calçadas, pavimentos e tubulações subterrâneas, comprometendo a infraestrutura urbana. Além disso, as propriedades químicas do Nim podem afetar negativamente o equilíbrio biológico dos biomas tocantinenses, gerando sérias consequências à biodiversidade regional.

A cidade de Araguaína já havia adotado medidas preventivas em relação ao Nim Indiano. Desde 2021, os moradores são orientados a evitar o plantio da espécie em vias públicas, devido aos riscos para os passeios públicos e ao meio ambiente. Em agosto de 2022, o Município publicou o Decreto 140, que autoriza o corte das árvores de Nim sem a necessidade de autorização ambiental.

Essa nova legislação estadual reforça a necessidade de proteger os biomas tocantinenses e busca evitar práticas que possam comprometer a diversidade e o equilíbrio ambiental. Especialistas alertam que, embora o Nim Indiano tenha vantagens em determinados contextos, seu uso descontrolado pode representar uma ameaça aos ecossistemas locais.