Tocantins reduz 28,94% dos casos prováveis de dengue na última semana epidemiológica
18 abril 2024 às 15h16
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No Tocantins, foram registrados 464 casos prováveis de dengue na última semana epidemiológica, que corresponde ao período de 07 a 13 de abril. O número representa uma redução de 28,94% em relação à semana epidemiológica anterior, entre 31 de março a 06 de abril, quando foram informados 653 casos. Os dados são do Painel de Monitoramento das Arboviroses, que é produzido pelo Ministério da Saúde (MS).
No compilado de 1º de janeiro até a última semana, o estado contabiliza 4.209 casos prováveis, sendo que há três óbitos por dengue em investigação e um confirmado. Apesar da redução de casos entre as semanas, o total de casos registrados em 2024, que começou há pouco mais de três meses, superou todos os informados no ano passado, em que o número foi de 3.246 e foram noticiados três óbitos.
Atenção aos sintomas
O Ministério da Saúde orienta os familiares e profissionais de saúde para que fiquem atentos aos sinais de alerta da doença como febre, dor no corpo e nas articulações, dor atrás dos olhos, mal estar, dor de cabeça e manchas vermelhas pelo corpo.
Em casos de sinais ou sintomas, a orientação é procurar imediatamente uma unidade de saúde. Também é importante não tomar medicamentos sem orientação médica, porque alguns podem piorar o quadro de dengue.
Tempo endêmico
Segundo a gerente de Vigilância das Arboviroses da Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO), Christiane Bueno Hundertmarck, atualmente, o Tocantins se encontra no período epidêmico para as arboviroses, o qual coincide com o período chuvoso, onde há um aumento significativo de criadouros do mosquito devido a recipientes que acumulam água. “Consequentemente, observamos também uma maior transmissão viral na população”, acrescenta.
Ela afirma que ao comparar o período da semana epidemiológica 01 a semana 14 de 2024, com o mesmo período de 2023, o estado apresenta um aumento de 110,5% nos casos prováveis, totalizando 3.739 contra 1.776 casos em 2023. “É importante ressaltar que os casos prováveis incluem todos os suspeitos, excluindo os casos descartados”, informa.
A gerente acrescenta que em relação às notificações semanais, os municípios, a partir da suspensão e da notificação do caso, têm um prazo de até sete dias para inserir essas informações no sistema oficial de notificação, Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan). “Esse prazo pode ocasionar atrasos nas informações ou oscilações quando realizamos o levantamento dos dados. Alguns municípios conseguem inserir a notificação em até vinte e quatro ou quarenta e oito horas, mas não devem exceder o prazo de sete dias. Isso pode levar a uma análise com um número menor de casos em uma semana e um aumento na semana seguinte, devido a essa periodicidade”.
No entanto, ela acrescenta que é importante ressaltar que o estado do Tocantins, juntamente com a área técnica das arboviroses, tem intensificado todas as suas atividades desde o segundo semestre do ano passado, incluindo assessorias, mobilização e comunicação junto às equipes municipais, visando reduzir ou minimizar a transmissão da dengue em nosso território. “Já foram realizadas capacitações este ano, além de fóruns para discussão das atividades e assessorias online para organização dos serviços em nove municípios. Continuamos com nossas ações intensificadas e orientando os municípios a fazerem o mesmo”, finaliza.