Desde 2017, pacientes esperam por atendimento especializado em otorrino no Hospital Geral de Palmas (HGP), diz inquérito do Ministério Público do Tocantins (MPTO). O descaso com a saúde pública é reconhecido e em ação civil pública movida pelo MPTO, por meio da 27ª Promotoria de Justiça da Capital, o Tocantins foi condenado a regularizar os serviços de consultas pré operatórias e cirurgias na especialidade de otorrinolaringologia no HGP.

O objetivo é garantir aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) um atendimento em tempo razoável e com a devida qualidade. Na decisão, a justiça determinou um prazo de 30 dias para que o Estado apresente um plano de ação com medidas concretas para a regularização destes serviços. E ainda houve a indicação do andamento de tratativas junto à Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) para assistência à população tocantinense por meio de teleconsulta. A sentença foi publicada na última semana e têm atuação da promotora de justiça Araína Cesárea.

Conforme inquérito do MPTO, há pacientes aguardando na fila desde 2017, e cirurgias que deveriam ser em até 100 dias, estão sendo prorrogadas por anos. Em abril deste ano, a demanda era de aproximadamente 730 pessoas aguardando atendimento no maior hospital público do Tocantins, sendo que a unidade realiza apenas 25 consultas mensais.

O Jornal Opção Tocantins entrou em contato com a Secretaria da Saúde para saber o andamento dos serviços e posicionamento sobre por que não foram providenciadas regularizações anteriormente e aguardar retorno. 

*Mireia Carvalho cumpre estágio obrigatório por meio do convênio firmado entre o Jornal Opção e a Universidade Federal do Tocantins (UFT), sob supervisão de Elâine Jardim.