O estado do Tocantins tinha 66.098 empresas e organizações formais ativas em 2022. Dessas, 20.925 (31,65%) possuíam pessoas assalariadas, enquanto 45.173 (68,36%) não tinham assalariados, sendo compostas por sócios e proprietários. No total dessas empresas, havia 382.840 pessoas ocupadas, das quais 311.123 (81,26%) eram assalariadas. Os salários e outras remunerações totalizaram R$ 13,1 bilhões, com um salário médio mensal de R$ 3.272,4, equivalente a 2,7 salários mínimos.

Esses dados fazem parte das Estatísticas do Cadastro Central de Empresas (CEMPRE) 2022, divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (20). O IBGE destacou que, devido a mudanças metodológicas nas fontes de informação, os resultados de 2022 não são comparáveis aos anos anteriores, rompendo a série histórica iniciada em 2007 e encerrada em 2021.

De acordo com o CEMPRE, os setores que mais empregaram no Tocantins foram: administração pública, defesa e seguridade social, com 84.238 pessoas empregadas (22%); comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas, com 76.932 ocupados (20,10%); educação, com 44.478 (11,62%); e saúde humana e serviços sociais, com 35.637 (9,31%).

As demais áreas compreendem agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura; indústrias de transformação; água, esgoto, gestão de resíduos e descontaminação; construção; transporte, armazenagem e correio; alojamento e alimentação; informação e comunicação; atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados; atividades imobiliárias; atividades profissionais, científicas e técnicas; atividades administrativas e serviços complementares; artes, cultura, esporte e recreação; outras atividades de serviços; serviços domésticos; e organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais.

As áreas que melhor remuneraram foram eletricidade e gás, e administração pública, defesa e seguridade social, que pagaram uma média mensal de R$ 4.363,2, correspondente a 3,6 salários mínimos. Saúde humana e serviços sociais seguiram com 3,1 salários mínimos, enquanto educação teve uma média mensal de R$ 3.636 (3 salários mínimos).

Por outro lado, as áreas de alojamento e alimentação remuneraram seus trabalhadores com uma média de R$ 1.333,2 (1,2 salários mínimos) mensalmente, e as áreas de artes, cultura, esporte e recreação pagaram em média R$ 1.454,4 no período.

Brasil 

Em 2022, o Brasil contava com 9,4 milhões de empresas ativas, empregando 63 milhões de pessoas. Destas, 80% eram assalariadas, totalizando 50,2 milhões, enquanto 20% eram sócios e proprietários, somando 12,5 milhões. Os salários pagos alcançaram R$ 2,3 trilhões, com um salário médio mensal de R$ 3.542,19, equivalente a 2,9 salários mínimos.

Empresas com assalariados representavam 30,4% do total, ocupando 86,5% do pessoal total e pagando 99,6% dos salários. Em contraste, empresas sem assalariados ocupavam 13,5% do pessoal total, todos sócios e proprietários, e pagaram 0,4% dos salários.

O setor de comércio liderou em número de empresas (29,1%) e pessoal ocupado (21,0%), enquanto as indústrias de transformação destacaram-se em pessoal ocupado (14,0%) e salários (16,4%). A administração pública liderou em pagamentos de salários (23,3%).

Homens compunham 54,7% do pessoal ocupado assalariado, recebendo um salário médio mensal de R$ 3.791,58, enquanto mulheres representavam 45,3% com salário médio de R$ 3.241,18. A diferença salarial média entre homens e mulheres foi de 17%.