Em entrevista exclusiva ao Jornal Opção Tocantins, o prefeito de Palmas, Eduardo Siqueira Campos (Podemos), reafirmou seu compromisso com a realização do tradicional Arraiá da Capital, organizado pela Fundação Cultural de Palmas (FCP) e que chega a sua 33ª edição em 2025, mas destacou que o evento passará por mudanças significativas para garantir maior eficiência no uso dos recursos públicos.

Eduardo lembrou que foi o criador do Arraiá, idealizado originalmente como uma disputa entre escolas. Ele reforçou seu carinho pelas quadrilhas juninas da cidade e garantiu apoio total aos grupos. “Sou fã de carteirinha de todos eles. Vi nascer o Butina, a Cafundó do Brejo, todos. Porque fui eu que criei”, destacou o prefeito.

Segundo Eduardo, os eventos anteriores tinham um custo elevado, que ultrapassava R$ 6 milhões, valor que, segundo ele, era gasto principalmente com estrutura e shows caros que pouco retornavam à cidade. “Não vou fazer show de R$ 800 mil, R$ 1 milhão, se a pessoa vem aqui e não deixa nada para gente”, afirmou.

A proposta da atual gestão é repensar o modelo: “Estou tentando transformar cada noite do Arraiá numa arena de um patrocinador, para que eu pague os shows com patrocínio e sobre o dinheiro para as quadrilhas”, explicou. Ele reforça que o investimento nos grupos juninos está garantido e que cultura não deve ser tratada como gasto, mas sim como investimento social e cultural.

Sobre as datas do evento, o prefeito não confirmou, mas pelo o que a reportagem apurou, a festa deve ocorrer entre os dias 25 e 29 de junho. “Parece que é de uma quarta a um domingo”, disse.

Eduardo também criticou a forma como o dinheiro público era aplicado em gestões anteriores, citando como exemplo de um Páscoa em Palmas, que teria custado R$ 3,5 milhões. “Este ano fizemos por R$ 670 mil. Me disseram que alugaram estrutura por 14 dias para um evento de quatro. Isso precisa mudar. A matriz de gastos públicos tem que ser revista com foco na qualidade”, concluiu.