Tocantins se apresenta como peça estratégica na integração logística do Brasil

25 setembro 2025 às 16h07

COMPARTILHAR
O governador do Tocantins, Laurez Moreira, participou nesta quarta-feira, 24, da primeira reunião do Grupo Parlamentar de Relacionamento com o Brics (GP-BRICS-SF), realizada no Senado Federal e presidida pelo senador Irajá. O encontro reuniu representantes de ministérios, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), do Banco Central, além de embaixadas da China, Rússia, Etiópia, Tailândia e Irã e da ONU.
Foram debatidos o impacto das tarifas de importação impostas pelos Estados Unidos, o Projeto Hidrovia do Arco Norte, a inclusão da BR-210 (Perimetral Norte) nesse projeto e a regulamentação e democratização do mercado de crédito de carbono.
Durante sua fala, Laurez Moreira afirmou que o Tocantins “é um estado estratégico para a integração logística do país” e que pautas como a navegabilidade do Rio Tocantins e o fortalecimento da Hidrovia Araguaia–Tocantins “representam não apenas um sonho antigo da população tocantinense, mas também uma oportunidade concreta de transformar o Brasil em um grande corredor de desenvolvimento”.
Ele declarou ainda: “Discutir aqui a Hidrovia Araguaia–Tocantins é falar diretamente do futuro do Tocantins e do Brasil. Esse projeto é fundamental para garantir competitividade ao nosso agronegócio; reduzir custos logísticos; ampliar nossas exportações e integrar ainda mais a região ao cenário nacional e internacional. É motivo de orgulho ver o Tocantins em pauta e poder contribuir com esse debate. Reitero que o nosso estado está de portas abertas e à inteira disposição das embaixadas e dos organismos internacionais para construir soluções conjuntas que gerem crescimento sustentável”.
O superintendente da Área de Soluções de Infraestrutura do BNDES, Ian Ramalho Guerriero, informou que o projeto da Hidrovia do Arco Norte envolve os rios Tocantins e Tapajós, abrangendo os estados de Mato Grosso, Tocantins e Pará, e prevê investimentos em sinalização, segurança e melhorias de pontos críticos. Segundo ele, até o fim do ano o banco apresentará ao governo as opções para implantação da hidrovia em parceria com a iniciativa privada.
O superintendente de Estudos e Projetos Hidroviários da Antaq, Eduardo Queiroz, disse que o Brasil tem 20 mil km de rios economicamente navegáveis, com potencial de ampliação mediante investimentos e gestão.
Sobre o mercado de carbono, o secretário de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo do Ministério da Agricultura e Pecuária, Pedro Neto, afirmou que a lei que instituiu o Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa representou um avanço e defendeu “medidas que facilitem o acesso do pequeno produtor ao mercado de crédito de carbono”, com impacto direto sobre agricultores familiares do Tocantins.
O senador Irajá, presidente do grupo parlamentar, destacou “a importância da união de esforços para que o Brasil alcance seus objetivos de crescimento, em parceria com os países do Brics e demais nações”.