Após ter pedido de empréstimo de R$ 650 mil reais negado pela Câmara Municipal de Palmas, a prefeita Cinthia Ribeiro (PSDB) rescindiu o contrato de mais de 200 servidores majoritariamente das áreas da saúde e educação, segundo a edição nº 3.498 do Diário Oficial Municipal, publicada na última sexta-feira, 5.

Nas redes sociais, Cinthia criticou a decisão da câmara, alegando o indeferimento da solicitação como “uma ação politicamente orquestrada para atender interesses pessoais”. Em nota, a prefeita declarou que Palmas foi contemplada pelo Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do Governo Federal, onde através dele seria possível acessar empréstimos especiais, que seriam destinados à compra de novos veículos de transporte coletivo, sendo 12 deles ônibus elétricos, revitalização asfáltica, duplicação de avenidas, e também a construção do Paço Municipal, que resultaria no fim do aluguel de prédios institucionais como o da Prefeitura e da própria Câmara Municipal de Vereadores, obras que seriam administradas e entregues pela próxima gestão.

Os cargos dos funcionários que tiveram seus contratos rescindidos segundo o Diário Oficial incluem enfermeiros, médicos gerais, fisioterapeutas, farmacêuticos, entre outros cargos na área da saúde, além de assistentes sociais, e assistentes gerais do quadro da educação. A ação da prefeita pode ter sido uma resposta ao resultado da sua solicitação à Câmara. 

Outra motivação que pode ter levado a prefeita a realizar uma exoneração em massa foi a nomeação dos concursados do quadro da saúde. O que é certo é que a motivação ficou em aberto, deixando margem para interpretações dúbias e prejudicando o atendimento à população, que ainda aguarda a posse do novo quadro de servidores.