Assembleia do Tocantins tem segundo dia sem sessão; deputados participam de evento interno e reuniões sobre o programa REDD+

Pelo segundo dia consecutivo, a Assembleia Legislativa do Tocantins (Aleto) não realizou sessão ordinária por falta de quórum. Na terça-feira, 28, a ausência de parlamentares impediu a abertura dos trabalhos, e a situação se repetiu na manhã desta quarta-feira, 29.

Enquanto o plenário permanecia fechado, a Casa concentrou suas atividades na Feira de Talentos dos Servidores, evento interno que reúne exposição de produtos, obras artísticas e trabalhos manuais produzidos pelos funcionários da Aleto. A abertura da feira contou com a presença dos deputados Gutierres Torquato (PDT) e Eduardo Mantoan (PSDB), este último representando o presidente da Casa, Amélio Cayres (Republicanos), ausente por motivo de luto. Amélio perdeu um irmão na semana passada, e, segundo apuração da reportagem, deve participar nesta quarta-feira de uma missa de sétimo dia em Augustinópolis, acompanhado de outros parlamentares.

Após participar da abertura do evento, o deputado Gutierres Torquato, que tem atuado como articulador do governo interino de Laurez Moreira (PSD), seguiu para a sala de reuniões da presidência, onde se reuniu com representantes do setor agropecuário e ambiental para tratar do programa REDD+ Jurisdicional do Tocantins. O encontro buscou, segundo fontes ouvidas pela reportagem, avançar em um consenso entre o governo estadual, legislativo e os produtores rurais sobre a implementação do programa.

O REDD+ (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal) é uma iniciativa que pretende valorizar a conservação das florestas e reduzir as emissões de gases do efeito estufa, oferecendo incentivos econômicos pela preservação. O modelo jurisdicional adotado pelo Tocantins abrange todo o território estadual, cerca de 27,7 milhões de hectares, sendo 11 milhões de floresta nos biomas Amazônia e Cerrado.

A Aleto tem se envolvido ativamente nas discussões sobre o tema por meio da Frente Parlamentar do Agronegócio (FPA), presidida por Gutierres. Em setembro, a FPA aprovou a criação de uma comissão técnica para estudar o contrato e as regras do REDD+, após reivindicações de representantes do agronegócio que cobram maior transparência sobre a geração e distribuição dos créditos de carbono.