Carlos Velozo reage a rumores e defende estabilidade institucional durante posse na Câmara

A posse do vereador suplente Petion Corado (PSB), nesta quinta-feira, 3, movimentou a Câmara de Palmas mesmo durante o recesso parlamentar. A sessão solene convocada pelo presidente da Casa, Marilon Barbosa (Republicanos), contou com a presença do prefeito interino Carlos Eduardo Velozo (Agir), que usou a tribuna para defender sua condução à frente da gestão municipal e rebater rumores sobre instabilidade política na Capital.

Em um discurso recheado de acenos à Câmara e ao secretariado, Velozo rejeitou a ideia de turbulência no Executivo. “O fato de estarmos aqui num período de recesso e vocês se movimentarem para receber esse novo colega já diz que não existe instabilidade, tão pouco turbulência”, afirmou, classificando a sessão como um “ato de grandeza”.

“Não vai ficar vago”

Diante da crise provocada pela prisão do prefeito Eduardo Siqueira Campos (Podemos), Velozo reforçou que há um regramento legal para sucessão e que o comando da cidade está assegurado. “Foi eleito um prefeito e um vice. Se porventura eu não estiver apto ou não quiser continuar, o presidente da Câmara assume. E, se ele também não puder, haverá solução jurídica. A cidade não ficará sem ninguém”, garantiu.

Cortes, trocas e fake news

Em outro momento, o interino negou boatos sobre uma suposta troca em massa no secretariado. “Essa madrugada eu recebi tantos cards… dizendo que estávamos trocando oito ou nove secretários. Mas quem está trocando sem avisar o prefeito?”, ironizou. Ele acusou a circulação de notícias falsas como tentativa de desestabilizar a gestão e pediu que vereadores repassem demandas diretamente ao executivo.

Velozo reconheceu que fará mudanças em cargos estratégicos e que isso pode desagradar. “Eu vou tomar decisões. Vou desagradar muita gente? Provavelmente sim. Mas não posso deixar a capital refém de nenhuma situação, nem de decreto, nem do STF, nem de ninguém. Palmas é maior que isso”, declarou.

Princípios e decisões

Ao rebater comentários sobre possíveis pedidos de impeachment, o interino foi direto: “Impeachment precisa de denúncia. E não há denúncia.” Ele também mandou um recado a quem esperava passividade: “Se eu ficar um dia, vou atuar como prefeito. Se eu ficar dez dias, também. Porque eu tenho responsabilidade com tudo que Deus entrega na minha mão”, pontuou.

Velozo ainda disse que sua gestão seguirá princípios e não se curvará a pressões pessoais ou políticas. “Não coloco pessoas acima de princípios. Se não houver princípios, não existe sociedade de bem”, finalizou.