A eleição da Mesa Diretora da Câmara Municipal de Palmas acontecerá no dia 1º de janeiro de 2025, dando início aos trabalhos do novo ciclo legislativo. Com a renovação de 62,5% das cadeiras na Casa, e uma configuração política desafiadora para o prefeito eleito Eduardo Siqueira Campos (Pode), os bastidores da Câmara já se movimentam em torno de nomes que devem disputar a presidência e demais cargos da Mesa.

Um dos principais nomes cotados para presidir a Mesa Diretora é o atual presidente da Câmara, vereador Folha (PSDB). Com sua reeleição para um quinto mandato consecutivo e sendo um dos parlamentares mais experientes da Casa, Folha conta com uma vantagem estratégica em um cenário político fragmentado. Sua permanência na presidência, no entanto, dependerá das negociações e alianças com outras forças políticas, em especial o grupo ligado ao prefeito eleito e a base de Janad Valcari (PL), que terá ampla maioria.

Outro nome que chegou a ser mencionado para a disputa da presidência da Câmara é o do ex-prefeito Carlos Amastha (PSB), que retorna ao cenário político como vereador. No entanto, há fortes rumores de que Amastha poderá assumir uma secretaria estratégica na gestão de Eduardo Siqueira Campos, o que abriria sua vaga na Câmara para o suplente Sargento Júnior Brasão (PSB). Se confirmada essa movimentação, Amastha não participaria diretamente da eleição da Mesa, mas sua influência no processo pode ser decisiva para o direcionamento da base aliada do governo.

A relação entre o PSDB e a gestão de Eduardo é um ponto-chave para definir os rumos da Câmara, já que é o partido da base aliada, ao menos durante a campanha, que mais conseguiu cadeiras. Embora a prefeita Cinthia Ribeiro (PSDB) tenha declarado apoio a Eduardo no segundo turno, o apoio legislativo dependerá de novas tratativas com os três vereadores tucanos eleitos, incluindo Folha, Márcio Reis e Waldson da Agesp, será fundamental para garantir a governabilidade. Uma articulação bem-sucedida com o PSDB pode ajudar Eduardo a consolidar uma base mínima para evitar entraves legislativos.