Corrida pelo governo do Tocantins divide parlamentares e lideranças municipais

14 agosto 2025 às 11h15

COMPARTILHAR
A definição antecipada da base do governador Wanderlei Barbosa (Republicanos) para 2026 deu mais nitidez ao cenário eleitoral. Com a sinalização de que Amélio Cayres, presidente da Assembleia Legislativa e aliado do mesmo partido, é o nome preferido para a sucessão, deputados estaduais passaram a declarar apoio público. Esse movimento fortalece Amélio dentro do Legislativo e reduz incertezas entre parlamentares.
A senadora Dorinha Seabra, do União Brasil, atua em outra frente. Busca consolidar respaldo entre prefeitos e já teria apoio em pelo menos seis das dez maiores cidades do estado. Em votos, essa rede municipal representa um diferencial relevante, sobretudo pelo peso político de gestores recém-eleitos ou reeleitos, que chegam ao próximo pleito com legitimidade reforçada junto às suas bases.
O embate se desenha entre a influência concentrada no Parlamento e a capilaridade garantida pelo apoio municipal. O resultado dependerá de quem conseguir ampliar sua área de influência e converter apoios em mobilização eleitoral efetiva.
Laurez
Na sucessão estadual no Tocantins, outro nome de capilaridade eleitoral é do vice-governador Laurez Moreira (PDT), que, embora percorra o estado, ainda não reúne apoios expressivos, pois qualquer prefeito ou deputado que o declare apoiador arriscaria esvaziar vínculos tanto com Wanderlei e Amélio quanto com Dorinha, que detêm poder direto sobre repasses e emendas, tornando a terceira via atraente apenas em hipóteses de renúncia de Wanderlei para disputar o Senado e eventual ascensão de Laurez ao governo.
O próprio vice-governador já declarou que sabe que prefeitos e lideranças têm seus compromissos e que as definições para seu grupo só irão ocorrer, de fato, no próximo ano.