Em pronunciamento na tribuna da Assembleia Legislativa do Tocantins nesta terça-feira, 9, o deputado Júnior Geo (PSDB) comentou o afastamento do governador Wanderlei Barbosa (Republicanos) por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) no último dia 3 e destacou a necessidade de que a Casa Legislativa investigue os motivos da decisão, adotando as medidas cabíveis. O parlamentar cita o trabalho da Assembleia no caso do ex-governador Mauro Carlesse (Agir), que também foi afastado e renunciou no mesmo dia em que a Aleto abriria um processo de impeachment contra o ex-gestor.

“Cabe a esta Casa de Leis fazer uma averiguação e promover as medidas cabíveis que assim couberem em relação aos motivos que levaram ao seu afastamento, e não podemos nos furtar de promover o que couber aos deputados desta Casa […] assim como já ocorreu na gestão do ex-governador que também, por coincidência, foi afastado e esta Casa tomou um posicionamento, é analisarmos agora os motivos que levaram a se cabe promover o mesmo encaminhamento desta Casa ou não”, disse.

Geo aproveitou a oportunidade para cobrar respostas da gestão em exercício sobre demandas administrativas pendentes, como a redistribuição e posse dos aprovados em concursos públicos, lembrando que ainda há vagas disponíveis. Júnior Geo defendeu ainda a prorrogação do concurso da Educação para permitir maior adequação dos processos.

Além disso, ele mencionou a necessidade de esclarecimentos sobre recursos prometidos em gestões anteriores, citando especificamente o Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) dos servidores da Educação, bem como as tratativas de garantias direitos da Polícia Penal.

O deputado afirmou que está buscando agenda com o governador em exercício e com os responsáveis pelas pastas para tratar dessas questões e definir, junto aos demais parlamentares, os encaminhamentos adequados.

Denúncias

Em 2020, Júnior Geo chegou a questionar a transparência do governo do Tocantins na aquisição e distribuição de cestas básicas durante a pandemia, solicitando informações sobre os critérios para definição dos beneficiários, a organização do cadastro e o plano logístico das entregas.

Sem respostas do governo, Geo encaminhou ofício ao Ministério Público do Tocantins (MPTO) pedindo providências sobre possível superfaturamento na compra das cestas básicas.