Entidade estranha exoneração de Bruno Azevedo e presta apoio ao ex-secretário de Segurança Pública
02 dezembro 2025 às 15h06

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O Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado do Tocantins (Sindepol/TO) divulgou nota em que afirma ter recebido “com surpresa” a exoneração do delegado de carreira Bruno Souza Azevedo do cargo de secretário de Estado da Segurança Pública. A saída foi oficializada na edição nº 6.950 do Diário Oficial do Estado, publicada em 1º de dezembro de 2025, no mesmo ato em que o governo nomeou o professor Abizair Antônio Paniago para assumir a pasta.
Bruno Azevedo havia assumido a Secretaria da Segurança Pública em janeiro de 2025. Em outubro, chegou a ser exonerado junto com o primeiro escalão após o afastamento do então governador Wanderlei Barbosa, sendo reconduzido dias depois pelo vice-governador Laurez Moreira. Agora, deixa definitivamente o cargo por decisão do Executivo.
Na avaliação do Sindepol/TO, a gestão de Azevedo foi marcada pelo diálogo institucional, pela relação respeitosa com todas as categorias da Polícia Civil e por investimentos estratégicos no enfrentamento à criminalidade. A entidade afirma que o Tocantins avançou em indicadores nacionais de segurança pública ao longo do período.
Um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, apontou o Tocantins entre os dez estados mais seguros do país, com destaque para a redução da taxa de homicídios em comparação com o cenário nacional. Outro levantamento recente classificou Palmas como a oitava capital mais segura do Brasil — resultados atribuídos, segundo o sindicato, ao fortalecimento da inteligência policial, à modernização tecnológica e à integração entre as forças de segurança.
O Sindepol/TO também ressalta que Bruno Azevedo vinha articulando, junto às categorias da segurança pública, soluções para o que classifica como o pior teto remuneratório do país, questão que há 14 anos mobiliza os profissionais do setor.
Ao final da nota, o sindicato presta apoio público ao delegado. A entidade reconhece “o espírito público e republicano, o profissionalismo, a dedicação e a competência” com que Azevedo conduziu a pasta e afirma estranhar sua exoneração, sobretudo diante dos resultados apontados.
