Gomes assume Senado com bastidores agitados por escândalo bilionário no INSS

06 maio 2025 às 11h58

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O senador tocantinense Eduardo Gomes (PL) assumirá, mais uma vez, a presidência interina do Senado Federal nesta semana. O motivo é a viagem do presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União-AP), ao exterior em comitiva com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A delegação embarca na noite desta terça-feira, 6, com destino à Rússia e, na sequência, à China.
Com essa movimentação, Gomes, que atualmente ocupa a vice-presidência, ficará no comando do Senado até o retorno de Alcolumbre. “Sua passagem pela presidência será breve e não está prevista nenhuma reunião do Congresso Nacional neste período”, informou a assessoria do senador.
Enquanto isso, Brasília vive o avanço da pressão pela instalação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar denúncias de descontos indevidos, que chegam à casa dos bilhões, aplicados sobre benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). No fim de abril, uma operação conjunta da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU) revelou um esquema em que sindicatos faziam descontos não autorizados em aposentadorias e pensões.
Apesar do recolhimento de assinaturas e do protocolo do pedido, a instalação da CPMI depende da leitura do requerimento de abertura em plenário pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre. Ou seja, a investigação só terá início com a concordância dele.
Segundo confirmou a reportagem, Eduardo Gomes é um dos 29 senadores que já assinaram o pedido de abertura da CPMI. Para ser protocolado, o requerimento precisa do apoio mínimo de 27 senadores e 171 deputados. Entre os deputados federais, mais de 180 já assinaram, incluindo os tocantinenses Felipe Martins (PL), Eli Borges (PL) e Alexandre Guimarães (MDB).