Aproveitando o assunto do momento, o suposto envolvimento do governador Wanderlei Barbosa (Repu) no esquema de compras de cestas básicas não entregues durante a pandemia de Covid-19, o candidato à prefeitura de Palmas, deputado Júnior Geo (PSDB) e o senador Irajá Abreu (PSD) comentaram o caso. Geo foi mais comedido, como sempre, e não citou o nome do governador em sua nota, já Irajá não poupou críticas ao seu desafeto político e falou sobre o recente pronunciamento do governador em que cita o parlamentar que poderia estar “por trás das denúncias”.  

O pré-candidato à prefeitura de Palmas, que recentemente voltou a fazer críticas ao governo estadual, coincidentemente, ou não, depois que Wanderlei divulgou publicamente seu apoio à candidatura de Janad Valcari (PL), divulgou nesta quarta, 21, nota em que afirma que como deputado estadual exigiu transparência na distribuição das cestas básicas durante a pandemia de Covid-19. Geo também disse que foi o único deputado estadual que pediu que os recursos usados na pandemia fossem investigados. 

Ele comentou sobre as investigações da Polícia Federal (PF), lamentando que o Estado estivesse nas manchetes novamente por corrupção: “Infelizmente, hoje o Tocantins é novamente manchete por investigações de corrupção, e isso é lamentável para um Estado com tanta gente honesta e trabalhadora. Precisamos mudar essa realidade, trazendo transparência e seriedade para a gestão pública, para que o Tocantins seja reconhecido pelo que tem de melhor: a força e a dignidade do seu povo”, afirmou Júnior Geo.

Um pouco mais ácido

Com um pouco mais de acidez e citando diversas vezes o governador Wanderlei Barbosa, Irajá começou a “tuitar” logo após o pronunciamento do chefe do Executivo estadual. Irajá, até então, único adversário político declarado de Wanderlei, iniciou falando sobre o desvio do dinheiro das cestas básicas estaria “tirando a comida de milhares de tocantinenses que enfrentam diariamente a fome”. 

Outro post do senador foi enaltecendo sua “oposição” ao governador: “a política do Tocantins precisa ser repensada para varrer do poder essas pessoas que usam o dinheiro público em benefício próprio. Sou o único político tocantinense em Brasília com a coragem de fazer oposição a Wanderlei Barbosa. A corrupção não pode mais ter vez no nosso estado”, disse o senador. 

Ao fim, Irajá ironizou a justificativa que o governador deu à imprensa quando disse que estava em um “consórcio” por isso teria recebido os R$5 mil apontados na investigação. 

Comentário de Irajá Abreu no X (antigo Twitter)

“Para o governador Wanderlei Barbosa, ‘propina’ mudou de nome e se chama ‘consórcio entre amigos’, para justificar os R$5 mil que recebeu na conta pessoal do empresário que vendeu as cestas básicas usadas para desviar dinheiro público do governo”, finalizou Irajá.