Marilon Barbosa reage à polêmica das caminhonetes e diz que identificação deve ser “decisão da Casa, não pressão política”
30 outubro 2025 às 11h58

COMPARTILHAR
Durante a inauguração da TV Câmara Palmas, nesta quinta-feira, 30, o presidente da Câmara Municipal, vereador Marilon Barbosa (Republicanos), comentou a polêmica envolvendo as caminhonetes locadas pela Casa e a tentativa de populares de adesivar os veículos em frente ao Legislativo.
Marilon disse não ter objeções à identificação dos carros oficiais, mas afirmou que a decisão deve partir da própria Câmara, sem interferências externas. “Eu não tenho problema nenhum com adesivar, agora não aceito que seja por pressão. Se for no diálogo, a gente resolve. Eu mesmo não devo nada, não tenho nada a esconder”, afirmou.
Ele destacou que há também uma preocupação com a segurança dos vereadores e servidores, especialmente diante do aumento da exposição pública. “Um carro identificado se torna um alvo fácil. Mas se todos concordarem, vamos adesivar. Só não aceito é que usem isso para querer tirar proveito político”, completou.
Marilon reagiu ainda às críticas nas redes sociais, argumentando que o uso dos veículos é regular e segue os mesmos padrões de outros órgãos públicos. “A Assembleia tem, o Estado tem, a Prefeitura tem. Por que só a Câmara tem que ser identificada?”, questionou.
A declaração ocorre após um grupo de cidadãos tentar colar adesivos nas caminhonetes oficiais, em protesto contra o contrato de R$ 2,97 milhões firmado entre o Legislativo e a empresa Mobile Automotiva LTDA para a locação de 25 veículos utilitários. O caso repercutiu nas redes sociais e levantou debate sobre transparência e uso de recursos públicos.
O episódio acontece em meio a um momento de restrição financeira na Câmara. O Decreto nº 2.739, publicado pela Prefeitura de Palmas, determinou o contingenciamento de R$ 1,39 milhão nas despesas do Legislativo, medida adotada para assegurar equilíbrio fiscal. De acordo com dados oficiais, cerca de 80% do orçamento anual da Casa — estimado em R$ 70 milhões — é destinado à folha de pagamento, o que limita a margem para outras despesas, como a locação de veículos.
Marilon admitiu que o orçamento está apertado, mas garantiu que a Casa deve encerrar o ano sem dívidas. “Estamos reduzindo gastos e o prefeito nos atendeu prontamente. Vamos fechar as contas, apertado, mas vai. E ainda vamos pagar a data-base dos servidores da Casa”, afirmou.
Mesmo com as restrições, o presidente destacou a importância da inauguração da TV Câmara Palmas, que funcionará com estrutura cedida pela TV Câmara Federal, sem custos adicionais. “É um passo importante para aproximar a Câmara do cidadão e mostrar o que é feito aqui dentro”, disse.
Leia mais:
