Faltando um ano e seis meses para as eleições gerais de 2026, o governador Wanderlei Barbosa (Republicanos) precisa decidir até abril de 2026 se renunciará ao governo do Tocantins para concorrer ao Senado. Caso opte pela candidatura, ele deverá deixar o cargo até seis meses antes do pleito, conforme determina a legislação eleitoral, passando o governo ao vice, Laurez Moreira (PDT).

As regras do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) estabelecem que ocupantes do Poder Executivo que desejem disputar cargos no Poder Legislativo federal precisam se desincompatibilizar do cargo até o prazo determinado. A renúncia de Wanderlei Barbosa também abriria caminho para que sua esposa, Karynne Sotero, atual secretária de Participações Sociais, possa concorrer a um cargo eletivo, como o de deputada federal, caso deseje disputar a eleição.

Especula-se ainda que o deputado estadual Léo Barbosa (Republicanos), filho do governador, possa disputar uma vaga na Câmara dos Deputados. Situação que só poderia ocorrer com a renúncia do pai. Contudo, uma possível candidatura à reeleição como deputado estadual não está condicionada à renúncia do pai, já que não há vedação legal que impeça sua postulação ao cargo, pois Léo se tornou deputado antes do pai ser chefe do Poder Executivo estadual.

Para abrir mão do cargo de governador, Wanderlei terá que se reaproximar de Laurez para evitar possíveis imbróglios judiciais, pois nos bastidores comenta-se que o vice teria utilizado da máquina pública para complicar o mandato de Wanderlei enquanto esteve viajando, situação que teria motivado a tal PEC do Apego, que autorizou que o republicano governasse o Tocantins à distância por até 15 dias. 

Wanderlei também precisa decidir se vai esperar tanto tempo assim. Outros nomes ao Senado têm se destacado no cenário político tocantinense e podem fazer com que a popularidade do governador não seja suficiente para alcançar a eleição em tão pouco tempo de pré-campanha. 

Entre os nomes estão o do deputado federal de primeiro mandato, mas como enorme apelo popular, Alexandre Guimarães, presidente do MDB Tocantins; Carlos Gaguim (UB) que tem o apoio da senadora Dorinha (UB), que sairá candidata ao governo; Vicentinho Júnior (PP) que está super fortalecido após ter seu candidato a prefeitura de Palmas, Eduardo Siqueira Campos (Podemos), eleito; o senador Eduardo Gomes (PL) que hoje ocupa a vice-presidência do Senado Federal; e, ainda, Irajá Abreu (PSD) que está, neste momento, mais apegado às pautas nacionais e, com isso, perdendo espaço na política tocantinense.