A Universidade Federal do Tocantins (UFT), por meio da Pró-Reitoria de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação (Propesq), anunciou o reajuste de 75% no valor das bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) institucionais, que passam de R$ 400,00 para R$ 700,00 a partir do próximo ciclo de vigência. Com essa medida, os valores das bolsas da UFT passam a ser equiparados aos concedidos pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), consolidando um importante avanço nas políticas de incentivo à pesquisa científica na graduação.

A reitora da UFT, professora Maria Santana, enfatizou a importância da equidade como princípio norteador de sua gestão:

“A equidade é a máxima da nossa gestão, da minha gestão enquanto mulher negra nesta instituição tão importante para o Tocantins. Logo no início do mandato como Reitora, determinei que cada pró-reitoria promovesse a equalização dos valores das bolsas, em conformidade com os padrões do CNPq. Assim, todas as bolsas da UFT passarão a ter o mesmo valor, de R$ 700, a partir do próximo ano, contudo, a grata surpresa é a entrega desta promessa já neste mês de novembro. Essa medida busca eliminar qualquer diferenciação indevida entre os programas e os estudantes, pois entendemos que as diferenças devem ser reconhecidas e enaltecidas apenas naquilo que contribui para o fortalecimento da nossa comunidade acadêmica, nunca como fator de desigualdade” (Maria Santana, reitora da UFT).

O reajuste reflete o compromisso da nova gestão universitária com a valorização da pesquisa, o reconhecimento do esforço dos estudantes e a busca por equidade nas oportunidades acadêmicas. A decisão foi tomada após análise orçamentária e diálogo entre a Reitoria e a Propesq, que identificaram a necessidade de uniformizar os valores pagos a todos os bolsistas de iniciação científica, sejam eles financiados por agências externas ou pela própria Universidade.

Em um contexto nacional de desafios no financiamento da ciência, a medida reforça o papel da UFT como instituição comprometida com a formação de novos pesquisadores e com o fortalecimento da produção científica regional. Ao equalizar os valores das bolsas, a Universidade também busca reduzir desigualdades internas e promover condições mais justas para que estudantes de diferentes cursos e campi possam dedicar-se integralmente às atividades de pesquisa.

A bolsa de iniciação científica tem um papel fundamental na formação do aluno, permitindo que ele vivencie o cotidiano da pesquisa, desenvolva pensamento crítico, aprimore a capacidade de análise e participe ativamente da produção de conhecimento em sua área de estudo. Trata-se de uma experiência que ultrapassa o aprendizado teórico das salas de aula, introduzindo o estudante à prática científica, ao rigor metodológico e à ética da investigação acadêmica.

Garantir uma remuneração justa é reconhecer o valor do trabalho intelectual desenvolvido por nossos estudantes e reafirmar que a pesquisa é também uma forma legítima de trabalho, que exige tempo, dedicação e comprometimento. O reajuste das bolsas representa, portanto, não apenas um investimento financeiro, mas um gesto simbólico de valorização do protagonismo estudantil na construção da ciência. Além disso, contribui para a permanência de alunos em situação de vulnerabilidade socioeconômica, assegurando condições mais equânimes para que possam se dedicar integralmente às atividades de investigação.

A decisão integra um conjunto de ações estratégicas da atual gestão voltadas à valorização da pesquisa, à ampliação de programas de iniciação científica e tecnológica e ao fortalecimento das redes de produção de conhecimento. Com o reajuste, a UFT reafirma seu compromisso com a equidade, a excelência acadêmica e a formação de uma geração de pesquisadores mais crítica, comprometida e socialmente engajada.