Eduardo Siqueira Campos (Podemos) não é mais o primeiro prefeito eleito da cidade, mas agora tem a oportunidade de se consagrar como o melhor. Ele carrega um legado singular: a experiência acumulada ao longo de anos de vida pública e um conhecimento profundo dos desafios e das potencialidades de Palmas.

Mais do que isso, ele testemunhou de perto as gestões de Fenelon Barbosa, Odir Rocha, Nilmar Ruiz, Raul Filho, Carlos Amastha (PSB), Cinthia Ribeiro (PSDB) e a própria administração. Cada um desses gestores deixou marcas na história de Palmas:

Fenelon Barbosa, como o primeiro prefeito, enfrentou o desafio monumental de estruturar a cidade do nada, lidando com as adversidades de um território em transformação. Seu mandato foi marcado pela infraestrutura básica e pelo estabelecimento das bases administrativas.

Eduardo Siqueira Campos foi o primeiro prefeito eleito de Palmas, com uma gestão no início da construção da cidade. Ele governou em um período crítico para consolidar a estrutura da nova capital. Eduardo deu continuidade ao trabalho iniciado pelo prefeito nomeado Fenelon Barbosa, ampliando obras de infraestrutura e acelerando o processo de urbanização.

Odir Rocha, em sua curta gestão como terceiro prefeito, lidou com transições e momentos de estabilização administrativa, mantendo Palmas no caminho do crescimento.

Nilmar Ruiz, a primeira mulher a governar Palmas, trouxe um olhar inovador para a gestão. Durante seu mandato, investiu em educação, cultura e na valorização da imagem de Palmas como uma capital moderna.

Raul Filho, em seus dois mandatos, promoveu expansão urbana e avanços em áreas como saúde e habitação. Contudo, enfrentou polêmicas ligadas à transparência e à gestão fiscal.

Carlos Amastha, com um perfil de gestor empresarial, trouxe ênfase para o desenvolvimento econômico, turismo e sustentabilidade. Reformou praças e apostou em grandes eventos, consolidando Palmas como um destino atraente. Sua administração, no entanto, dividiu opiniões.

Cinthia Ribeiro deu continuidade ao legado de Amastha, mas buscou imprimir sua identidade, com foco em mais direitos para o funcionário público. Foi também uma líder durante a pandemia de covid-19. Não agradou a todos, mas conseguiu manter o que já havia sido feito.

Eduardo teve tempo de tomar nota de todos os erros e acertos, não apenas dos seus predecessores, mas também de sua própria trajetória como deputado estadual, deputado federal, senador, secretário de estado e, claro, prefeito. Enquanto herdeiro do legado do ex-governador Siqueira Campos, ele também aprendeu com os erros e acertos de seu pai, figura central na criação de Palmas.

Hoje, com mais de 30 anos de história, Palmas é uma cidade que cresce cada vez mais (em todos os sentidos), mas que ainda enfrenta dificuldades, como mobilidade urbana, inclusão social e infraestrutura. Eduardo, com sua experiência e profunda ligação com a cidade, conhece cada esquina, cada bairro e cada necessidade.

Ele também está acompanhado por pioneiros, pessoas que testemunharam o nascimento de Palmas, quando tudo não passava de uma grande fazenda, alternando entre poeira e lama. Esse vínculo com as raízes da cidade é um diferencial que pode fazer toda a diferença em sua gestão.

A pergunta que resta é: Eduardo estará à altura do desafio? Ele tem as ferramentas, o conhecimento e a história ao seu lado. Agora, cabe a ele construir um legado que não seja apenas comparado ao dos antigos prefeitos, mas que seja um marco definitivo para o futuro de Palmas.