Advogado Thiago Barbosa será solto após revogação da prisão pelo STF; alvará deve sair nas próximas horas

30 julho 2025 às 18h03

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A prisão preventiva do advogado Thiago Marcos Barbosa de Carvalho foi revogada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), e a expectativa é de que ele seja solto nas próximas horas. Thiago está preso desde 18 de março, acusado de envolvimento em esquema de venda de decisões judiciais e vazamento de informações sigilosas no âmbito da Operação Sisamnes. Ele é sobrinho do governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa (Republicanos).
A revogação foi obtida por meio da atuação dos advogados Lucas Mendonça Cavalcante, de Brasília, Beatriz Castro Cavalcante e Evellin Faquini, esposa de Thiago, ambas advogadas em Palmas. “Graças a Deus conseguimos a revogação. Agora aguardamos o envio do alvará de soltura para a central de alvarás, o que deve ocorrer ainda nesta quarta ou até amanhã”, informou Evellin ao Jornal Opção Tocantins.
A defesa também emitiiu a seguinte nota:
Os advogados Lucas Mendonça Cavalcante, Evellin Faquini Moura Coelho e Beatriz Castro Cavalcante, receberam com serenidade a decisão do eminente Ministro Cristiano Zanin, nos autos da Pet. 13.546, que com o costumeiro brilho e cultura jurídica, revogou a prisão preventiva do Dr Thiago Marcos Barbosa Castro de Carvalho, que agora poderá responder à imputação que lhe foi dirigida com sua liberdade restabelecida e assim comprovar sua inocência.
Com a soltura de Thiago, todos os investigados da operação no Tocantins passam a responder em liberdade. O prefeito de Palmas, Eduardo Siqueira Campos (Podemos), já havia sido solto no dia 17 de julho. Na última quinta-feira, 24, também deixaram a prisão o policial civil Marco Albernaz e o advogado Antônio Ianowich.
Operação Sisamnes
Deflagrada com autorização do ministro Cristiano Zanin, do STF, a operação teve início a partir da análise de mensagens encontradas no celular do advogado Roberto Zampieri, assassinado em setembro de 2023 em Cuiabá (MT). As conversas sugeriam a existência de um esquema envolvendo advogados, magistrados e servidores, que agiriam para interferir em processos judiciais e repassar informações confidenciais.
À época da prisão, Thiago atuava como assessor jurídico no Ministério Público do Tocantins (MPTO), no gabinete do procurador de Justiça Ricardo Vicente, também investigado. Ele foi conduzido à Unidade Penal Regional de Palmas (UPRP), após não conseguir vaga em sala especial no Quartel da PM por estar com a inscrição na OAB suspensa. A reativação do registro foi feita posteriormente, em abril.