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Mais de dez dias após notificarem oficialmente a Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO), os anestesiologistas que atuam nos hospitais públicos e conveniados do Tocantins comunicaram a suspensão dos atendimentos eletivos e de mutirões a partir desta quinta-feira, 30. A decisão, segundo a categoria, ocorre “em razão de inadimplemento contratual por parte do Estado do Tocantins”.

Os profissionais afirmam que seguem sem definição sobre o pagamento pelos serviços prestados e que a dívida acumulada já ultrapassa R$ 25,5 milhões. “A Secretaria se manteve inerte diante da situação”, disseram os anestesiologistas, ressaltando que houve apenas um pagamento parcial em 3 de outubro de 2025, referente a valores de fevereiro do mesmo ano.

De acordo com a categoria, o atraso nos repasses tem comprometido a manutenção dos serviços e o sustento dos profissionais que atuam nas unidades hospitalares do Estado. Em nota, os médicos informaram que, em decisão conjunta, optaram pela continuidade temporária dos atendimentos “considerando a promessa de regularização feita pelo Governo do Estado”.

Entretanto, diante da ausência de retorno concreto, foi concedido um novo prazo de cinco dias úteis para a apresentação de um plano efetivo de quitação dos débitos e normalização dos repasses. O prazo, conforme os anestesiologistas, vence nesta semana.

A Cooperativa dos Médicos Anestesiologistas do Tocantins (Coopanest/TO) comunicou oficialmente a suspensão “à totalidade dos atendimentos eletivos, incluindo-se os mutirões — Programa de Aprimoramento da Gestão Hospitalar (PAGH-Cirúrgico)”. Serão mantidos apenas os atendimentos de urgência e emergência.

A Coopanest/TO acrescenta que o comunicado “serve para que se evitem o agendamento de cirurgias eletivas e de mutirões e maiores prejuízos aos pacientes e demais profissionais”.

O Jornal Opção Tocantins entrou em contato com a Secretaria de Estado da Saúde sobre o assunto e aguardamos um posicionamento.